09 MAR 2025 | ATUALIZADO 14:35
NACIONAL
08/03/2025 12:40
Atualizado
08/03/2025 12:41

Jean Paul Prates aponta detalhes da "trama" que o tirou da Presidência da Petrobras

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, segundo Jean Paul Prates, atropelou a gestão da Petrobras (e continua fazendo isto), levando-o a “explicar várias vezes que ele não poderia fazer anúncios sem eu saber. Deveríamos trabalhar juntos. Eu sempre tive a boa-fé de ir ao Alexandre (Silveira) comunicar os próximos passos da Petrobras. Imediatamente, uma ou outra coisa dessas vazava para a imprensa ou era declarada pelo ministro. Teve uma vez que ele anunciou uma redução de preço nos combustíveis que eu tive que recuar”, diz Jean Paul Prates, adiantando que tem um dossiê de tudo que foi plantado na mídia contra a sua gestão à frente da Presidência da maior estatal do povo Brasil.
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, segundo Jean Paul Prates, atropelou a gestão da Petrobras (e continua fazendo isto), levando-o a “explicar várias vezes que ele não poderia fazer anúncios sem eu saber. Deveríamos trabalhar juntos. Eu sempre tive a boa-fé de ir ao Alexandre (Silveira) comunicar os próximos passos da Petrobras. Imediatamente, uma ou outra coisa dessas vazava para a imprensa ou era declarada pelo ministro. Teve uma vez que ele anunciou uma redução de preço nos combustíveis que eu tive que recuar”, diz Jean Paul Prates, adiantando que tem um dossiê de tudo que foi plantado na mídia contra a sua gestão à frente da Presidência da maior estatal do povo Brasil.

Em entrevista à Revista Veja, Jean Paul Terra Prates, revelou em detalhes a “tramoia” armada pelos ministros da Casa Civil e de Minas e Energia para “fritá-lo” até o presidente Luis Inácio Lula da Silva demiti-lo da Presidência da Petrobras. “Tenho um dossiê com tudo o que foi plantado na mídia contra mim”, enfatiza o ex-presidente da companhia.

Entrevista de Jean Paul Prates à Revista Veja na ÍNTEGRA.

Apesar de afirmar diretamente que foi injustiçado pelas crises fabricadas principalmente pela Casa Civil e o Ministério de Minas e Energia, Jean Paul Prates diz que não guarda mágoa do presidente Lula por acreditar nestas mentiras. Ele assegura que a “fritura” de setores que funciona no Governo Lula continua e que isto é muito ruim para o Governo.

Na entrevista, Jean Paul Prates começa explicando os motivos pelos quais da Petrobras teve prejuízo de R$ 17 bilhões no último quadrimestre de 2024 (Gestão de Magda Chambriard), sendo que no mesmo período de 2023 alcançou lucro de R$ 31 bilhões (período que estava à frente da companhia). “A produção caiu. O impacto do dólar foi considerável”, explica.

Sobre a questão da exploração da Margem Equatorial, Jean Paul Prates disse que se trata de uma decisão de governo. Neste caso, o Governo precisa decidir se quer ou não. Ele acredita que a Petrobras tem todas as condições possíveis para produzir petróleo na Margem Equatorial, o que geraria ganhos gigantescos para o Brasil.

Observa que a exploração da Margem Equatorial é o “gás” que a companhia precisa para continuar liderança da transição energética e ter vida no futuro. ”A Petrobras não pode se desconectar completamente da transição energética do refino. Estas refinarias facilmente se convertem também em plantas de processamento de óleo vegetal para biocombustíveis. A Petrobras não tem futuro sem transição energética e sem horizonte de operação”, afirma.

Sobre a demissão da Petrobras, repórter da Veja perguntou diretamente:


O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, segundo Jean Paul Prates, atropelou a gestão da Petrobras (e continua fazendo isto), levando-o a “explicar várias vezes que ele não poderia fazer anúncios sem eu saber. Deveríamos trabalhar juntos. Eu sempre tive a boa-fé de ir ao Alexandre (Silveira) comunicar os próximos passos da Petrobras. Imediatamente, uma ou outra coisa dessas vazava para a imprensa ou era declarada pelo ministro. Teve uma vez que ele anunciou uma redução de preço nos combustíveis que eu tive que recuar”, diz Jean Paul Prates, adiantando que tem um dossiê de tudo que foi plantado na mídia contra a sua gestão à frente da Presidência da maior estatal do povo Brasil.

Ainda segundo Jean Paul Prates, o mesmo expediente que lhe derrubou da presidência da Petrobras continua sendo empregado contra outros ministros do governo Lula. Cita os ministros Fernando Haddad Wellington Dias, como alvo desta “conspiração interna”. Conforme Prates, estes setores que estão “tramando” desgastes dos companheiros que apresentam bons resultados, é porque não aceitam a ideia destes ministros estarem apresentando bons resultados, consequentemente se destacando.

A entrevista se encerra com Jean Paul Prates reconhecendo que talvez tenha menosprezado a necessidade de entender melhor alguns interesses que estavam por trás da postura dos ministros da Casa Civil e Minas e Energia. Isso me permitiria explicar melhor minhas ideias e não contestar puramente. Em alguns momentos, o pavio foi curto. Tanto de um lado quanto do outro. Todos os dias tinha alguma importunação”.

Para ler a entrevista na ÍNTEGRA, acesse AQUI.


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