19 SET 2024 | ATUALIZADO 18:33
NACIONAL
Da redação
20/01/2016 07:52
Atualizado
13/12/2018 19:58

Cientistas confirmam que Zika consegue atravessar placenta de grávidas

Pesquisa foi realizada pelo Instituto Fio Cruz, do Paraná e divulgado nesta quarta (20). A confirmação foi feita a partir de um caso de aborto de uma mulher do Nordeste.
Reprodução

Cientistas do Paraná divulgaram nesta quarta-feira (20), o resultado de uma pesquisa que confirma a capacidade do zika vírus de atravessar a placenta das grávidas. O Instituto Carlos Chagas, da Fiocruz de Curitiba, encontrou traços de DNA do vírus em amostra de tecido de uma mulher que teve a gravidez interrompida.

De acordo com a reportagem do “Bem Estar”, a gestante é do Nordeste e relatou sintomas compatíveis à infecção semanas antes de sofrer um "aborto retido", que ocorre quando o feto para de se desenvolver no útero.

Após usar anticorpos para detectar a presença de uma infecção no tecido da placenta, os pesquisadores identificaram o zika por meio de PCR – exame que detecta traços de material genético do patógeno.

"Este resultado confirma de modo inequívoco a transmissão intrauterina do zika vírus", afirmou comunicado do instituto. A pesquisa foi liderada pela virologista Cláudia Nunes Duarte dos Santos.

Segundo os cientistas do instituto, a transmissão da infecção pelo vírus provavelmente se dá por meio das chamadas "células de Hofbauer", um tipo de célula do sistema imune, que defende o organismo.

As células de Hofbauer estariam provavelmente capturando o zika e depois sendo absorvidas pela placenta, mas pesquisadores ainda não conseguiram confirmar essa tese.

O zika vírus é transmitido pelo mosquito Aedes aegypti e foi identificado pela primeira vez no país em 2015. A doença tem sintomas leves, como febre baixa e dor muscular, mas os riscos são grandes para gestantes.

O Ministério da Saúde declarou emergência pelo aumento de casos de microcefalia em bebês (quando o crânio tem tamanho menor que a média – 32 centímetros) relacionados ao vírus, além de abortos.

Nesta quarta, a Organização Pan-americana de Saúde disse que o zika está presente em toda a América Latina e no Caribe.

RIO GRANDE DO NORTE

O Rio Grande do Norte possui 181casos suspeitos de microcefalia, decorrentes do zika vírus. Os dados são do último boletim divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde (Sesap-RN).

Com 12 mortes, o Estado é líder no número de casos de óbitos resultantes da microcefalia.

Com informações do Bem Estar/Globo.

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