09 NOV 2024 | ATUALIZADO 18:30
MOSSORÓ
Por Josemário Alves e Valéria Lima
20/02/2016 08:17
Atualizado
12/12/2018 20:50

Corpo de Bombeiros de Mossoró possui déficit de 74% em pessoal

Mesmo com deficiência, órgão afirma que tem conseguido atender às ocorrências. A maior dificuldade no tocante à estrutura é a falta de um caminhão Magirus.
Valéria Lima / MH

Para garantir um atendimento bom e satisfatório à população, a Organização das Nações Unidas (ONU) recomenda que, para cada mil habitantes, exista um bombeiro de serviço na cidade. Contudo, a realidade em Mossoró é adversa.

De acordo com o capitão Daniel Farias, comandante interino do quartel, o déficit na cidade chega a 74%. Isso porque, conforme a ONU, o município deveria possuir 288 homens somente na área operacional, enquanto que a realidade é de apenas 75 soldados.

O número reflete diretamente na qualidade dos serviços prestados em Mossoró e aos outros municípios que são atendidos pelo batalhão. O grupo atende cerca de 60 cidades do interior do Estado. Apesar do déficit, o comandante diz que os atendimentos têm sido satisfatórios.  

“Estamos preparados para atender qualquer tipo de ocorrência. O problema não é a quantidade e sim a distribuição. Temos que dimensionar esta quantidade”, detalha Daniel.

Este dimensionamento seria necessário para o Corpo de Bombeiros prestar um atendimento mais ágil e eficaz nos municípios mais distantes da sede. A unidade de Mossoró conta com seis veículos, sendo dois administrativos, uma ambulância e três de combate a incêndios.

A maior dificuldade no tocante à estrutura é a falta de um caminhão Magirus. Viaturas deste tipo são utilizadas em incêndios em edifícios acima de dois andares.

“A gente já fez um estudo de quantos prédios com mais de 20 andares existe na nossa cidade. Enviamos esse relatório à Brasília para tentar conseguir recursos para comprar esse tipo de viatura, mas não tivemos êxito”, explica Daniel.

Ao todo, são mais de 80 edifícios existentes em Mossoró. Sem o caminhão Magirus, o quartel conta apenas com os hidrantes dos prédios para combater incêndios em andares superiores. Na ausência dos hidrantes, as chamas são praticamente impossíveis de serem apagadas.

O Rio Grande do Norte conta atualmente com 620 bombeiros, sendo que diante do recomendado pela ONU, esse número deveria ser 1.160 homens. O déficit chega a mais de 50%, segundo o capitão Nicholas, do Corpo de Bombeiros do RN.

Diante desta realidade, o capitão explica que há um concurso público previsto, apesar de não haver data definida. De acordo com Nicholas, a aprovação do concurso está aguardando autorização do governador Robinson Faria, por isso não dá para estipular prazos.

“Nós já mandamos para a análise do Governo, através da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (Sesed) e estamos aguardando”, informa.

A Sesed confirmou a realização do concurso, mas enfatizou que não há data definida ainda, apenas uma previsão de que o edital poderá ser lançado ainda este semestre.

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