10 NOV 2024 | ATUALIZADO 22:48
MOSSORÓ
Da redação
29/02/2016 17:13
Atualizado
12/12/2018 22:16

General culpa empresário de Mossoró por atraso na recuperação do aeroporto

Jorge Fraxe, diretor do DER/RN, afirmou que processo de recuperação foi atrasado em um ano devido à desistência de empresário mossoroense vencedor da licitação.
Cezar Alves

O prefeito Francisco José Junior foi o primeiro a citar o atraso na recuperação do Aeroporto, durante audiência pública realizada na manhã desta segunda-feira (29). Afirmou que de 15 em 15 dias está no Governo do Estado, no gabinete do secretário Jader Torres, com pedidos para agilizar esta obra. Jader Torres deixou o general Jorge Fraxe explicar os motivos do atraso.

Jorge Fraxe disse que para se fazer uma licitação precisa superar 25 obstáculos burocráticos. Com um palavreado direto e sem medir força, Fraxe disse que até o vigilante da governadoria precisa ver a proposta para só então ser liberada para execução.

Disse que concluído o processo, chegou ao vencedor da concorrência para fazer a obra. Quem venceu foi empresa mossoroense Tecnicenter, do empresário Marcos Limeira. Ele disse que Marcos chegou para ele e disse que não ia fazer a obra porque o Governo do Estado e a Prefeitura estavam devendo a ele e o dólar havia subido muito.

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O general, demonstrando forte irritação, disse desconfiar que exista algo em Mossoró que é contra Mossoró, contra a reabertura do Aeroporto de Mossoró. “Perdi um ano porque o sr. Marcos Limeira não quis fazer a obra. Chamei o segundo colocado, que foi enfático em dizer que pelo valor o Sr. Limeira havia proposta era inviável”, destaca o general.

Jorge Fraxe disse que, diante da situação grave que se encontra o Aeroporto, a interdição por parte da ANAC e a necessidade até mesmo de se ter um aeroporto para socorros médico aéreo para a região, decretou estado de emergência e vai contratar a empresa emergencialmente e espera não encontrar pela frente um novo Marcos Limeira.

 

Empresários lançam Nota de Repúdio

O presidente da Audiência Pública que debateu caminhos para reabrir o Aeroporto Dix Sept Rosado, em Mossoró, deputado Sousa Neto, de Areia Branca, leu uma nota de Repúdio ao Poder Público Municipal e também ao Governo do Estado.

Na Nota, assinada pelas entidades do Comércio, da Indústria e da Construção Civil, batia-se forte no Governo do Estado, responsabilizando-o pela não recuperação do Aeroporto de Mossoró, conforme havia prometido em campanhas políticas estadual e municipal.

A Nota também criticava a falta de ação do Poder Público Municipal para reativar o aeroporto, mesmo ciente da importância econômica, não só para Mossoró, mas também para toda a região Oeste do RN, especialmente o setor turístico na região serrana e no litoral.

O general Jorge Fraxe, chefe do DER e responsável pela obra, pediu o microfone do deputado Sousa Neto e afirmou, olhando para os empresários, que a obra já não está concluída por culpa única e somente do empresário mossoroense Marcos Limeira.

Veja em vídeo:

O prefeito Francisco José Junior também afirmou que a Nota de Repúdio era totalmente injusta a sua gestão. Lembrou que de quinze em quinze dias está em Natal cobrando a agilidade no processo licitatório para fazer a obra de reestruturação do aeroporto.

 

Desistência do empresário Marcos Limeira será investigada pelo MP

O promotor de Justiça Fábio de Weimar Thé disse esperar que o Governo do Estado tenha informado a desistência do empresário Marcos Limeira de fazer a recuperação do Aeroporto de Mossoró com a proposta que fez, para que o caso seja investigado.

Acrescentou que vai informar ao procurador-geral de Justiça do RN, Rinaldo Reis, o fato. Ele acredita que o caso será apurado e o empresário Marcos Limeira pode ser punido, com o rigor previsto na legislação, pelo tamanho do prejuízo que causou a região Oeste do RN.

Veja vídeo:

 

Fábio The disse que o Ministério Público Estadual vinha acompanhando os debates sobre a recuperação do Aeroporto de Mossoró. Inclusive, lembra que em 2011 o promotor Hercy Ponte realizou uma Audiência Pública sobre o mesmo tema.

Na época, Hercy entendeu, após ouvir as partes na Audiência Pública, que o caso deveria ser acompanhado pelo Ministério Público Federal. “Eu vou fazer contato com o Ministério Público Federal para saber como está esta questão”, destaca o promotor.

Notas

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