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SAÚDE
Cezar Alves
11/03/2016 14:48
Atualizado
12/12/2018 13:38

Lagreca apresenta explicações para os problemas da saúde em Mossoró

Secretário quer servidores que hoje não trabalham no Hospital da PM trabalhando no HRTM. Disse ainda que o tomógrafo deve chegar em breve e agilizará a compra de novos respiradores
Cezar Alves

O secretário Estadual de Saúde, médico Ricardo Lagreca, falou com o MOSSORÓ HOJE sobre medidas necessárias para melhorar os serviços de alta complexidade e de emergência urgência, que é de responsabilidade do Governo do Estado, no município de Mossoró.

Sobre o Hospital da Polícia Militar, que tem mais de 300 funcionários e em 2015 não internou nenhuma pessoa, o secretário Ricardo Lagreca disse que é preciso fazer um debate profundo para decidir como melhor aproveitar esta mão-obra à serviço da população.

Admitiu a possibilidade de alguns destes funcionários serem relocados para o Hospital Regional Tarcísio Maia, que deve inaugurar nos próximos dias 36 leitos de enfermaria e vai precisar, para tanto, ter mais servidores para trabalhar neste local e reforçar outras áreas.

Já os servidores do Hospital da Polícia Militar pediram ao secretário para usar a unidade como leito de retaguarda do HRTM. Ou seja, transfere alguns pacientes das clínicas médicas e cirúrgicas para o Hospital da PM.  Para tanto, precisa ter escala médica.

Ainda sobre o HRTM, Lagreca disse que foi informado da falta de respiradores (existem só 7 em funcionamento e precisa de pelo menos 20) e acrescentou que vai agilizar a liberação de 4 que estão no conserto (fazendo o empenho dos recursos) e agilizar a compra de outros dez.

Dez respiradores, conforme consulta feita pelo MOSSORÓ HOJE junto a fornecedores deste tipo de equipamento considerado fundamental nos prontos socorros, custam cerca de R$ 370 mil. Este valor foi confirmado pelo diretor do HRTM, médico Jarbas Mariano.

No caso, o fornecedor aguarda apenas o empenho dos recursos no Estado para entregar os aparelhos no pronto socorro do maior e único hospital de emergência urgência na região Oeste do Rio Grande do Norte. Lagreca não deixou prazo para concluir esta compra.

Sobre o tomógrafo do HRTM que está quebrado desde novembro de 2015, Lagreca disse que está bem próximo de ser resolvido. O Estado vai comprar um novo. Lembrou que o tomógrafo que atualmente existente já teve seu tempo de vida útil de 20 anos exaurido.

Neste caso específico, o Governo do Estado havia prometido instalar o novo tomógrafo no HRTM em março de 2016. “Está a caminho”, diz o secretário, sem precisar a data. A falta de aparelho dificulta o tratamento de pessoas com traumas na cabeça.

O neurocirurgião precisa da tomografia para determinar qual intervenção médica realizar para salvar o paciente. Para fazer esta tomografia, é preciso que o SAMU seja acionado para retirar o paciente do HRTM e leve para uma das três clínicas contratadas pelo Estado em Mossoró para fazer o exame e retornar para o tratamento emergencial no HRTM. Alguns não resistem.

Ricardo Lagreca reconhece esta dificuldade e explica que a demanda é sempre maior do que a oferta do serviço de saúde não só no Brasil, mas em qualquer parte do mundo. Lembrou que recebeu a missão do governador Robinson Faria para priorizar os investimentos em saúde na região de Mossoró para atender o Oeste do Rio Grande do Norte.

Reunião

Ainda de passagem por Mossoró, o secretário Ricardo Lagreca visitou o HRTM, onde se reuniu com diretores, médicos e representante dos servidores. Na ocasião, o médico e advogado Carlos Alberto gritou com o secretário, chegando a dizer que ele deveria pedir demissão do cargo. Carlos Alberto está com um parente internado no HRTM e não conseguiu leito de UTI nem em hospital público e nem privado. Estava revoltado.

A Sesap emitiu nota o episódio:

NOTA DE ESCLARECIMENTO

Em virtude de um vídeo que circula nas redes sociais, a Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) tem a esclarecer o seguinte:

Em reunião com representantes do Sindicato da Saúde e a diretoria do Hospital Tarcísio Maia (HRTM), ocorrida nesta quinta-feira (10), em Mossoró, o secretário Ricardo Lagreca afirma que foram ouvidas e valorizadas as diversas dificuldades existentes no momento atual, em que todos os hospitais recebem uma demanda excessiva por conta principalmente do quadro epidemiológico nacional e que repercutem fortemente na rede pública hospitalar.

Diante da situação é natural que nestes momentos existam questionamentos mais incisivos, que uma vez explicados demonstram o grande empenho do governo em resolver todos os problemas.

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