20 SET 2024 | ATUALIZADO 15:38
MOSSORÓ
Da redação
02/04/2016 06:54
Atualizado
13/12/2018 03:19

Presidente da FENAJ afirma que direitos trabalhistas estão em risco

Celso Schröder, que preside a Federação Nacional dos Jornalistas, acredita que um processo de ruptura do Governo Dilma, com o impeachment, trará prejuízos para a classe trabalhadora
Cezar Alves

O presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), Celso Schröder, afirmou, durante palestra proferida na noite desta sexta (1º), em Mossoró, que o Congresso “está votando na calada da tarde” o “desmantelamento” da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), o que significa, na visão dele, que o Brasil terá uma crise generalizada do trabalho.

“Se tudo der certo para eles e errado para nós, daqui a dois anos vamos está fazendo o que os trabalhadores do Paraguai já estão fazendo hoje. Vamos estar nas ruas pelo direito de sindicalização, que é um direito do século XIX. Não tenho dúvidas que vamos estar implorando por direitos trabalhistas”, diz.

“Daqui a dois anos, não tenho dúvidas que, no final do ano, o décimo terceiro vai desaparecer. direito a férias também”, diz Celso Schröder, que afirmou também ter certeza que todo o movimento político no Brasil não é em função da corrupção. A corrupção, no caso, figuraria apenas como pano de fundo.

Conforme o presidente da FENAJ, o que está em jogo em todo o movimento pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff é “dinheiro, o que está em jogo é poder”, destacou Celso Schröder aos jornalistas de Mossoró.

Segundo o presidente, a Fenaj se posicionou contra o impeachment. Fez uma defesa pela democracia e pela liberdade.  Ainda conforme o jornalista, há elementos de “golpe” no processo de impeachment que está sendo proposto para o governo Dilma Rousseff.

Celso Schröder explicou que no caso do Brasil, esse processo de ruptura não está se formatando como aconteceu em 1964. Segundo ele, o novo formato é parecido com o que aconteceu em Honduras e também no Paraguai. Nestes dois países, se perdeu os direitos dos trabalhadores.

No caso do Brasil, Celso Schröder declarou: “coloca em perigo, muito perigo, a liberdade, a possibilidade de o cidadão exercer plenamente os direitos básicos de ir e vir, que foram suprimidos durante o regime militar, mas também da prática do jornalismo”.

Nesse novo formato, Celso Schröder comenta que: “ao invés do exército, a mídia assume o papel de ator. Ela é o novo tanque, o novo canhão, e tem como parceira o judiciário e, no caso do Brasil, tem o Ministério Público, que cumpre um papel pernicioso neste momento”, conclui.

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