26 DEZ 2024 | ATUALIZADO 17:03
POLÍTICA
Da redação
15/04/2015 06:20
Atualizado
13/12/2018 12:08

Câmara rejeita possiblidade de terceirização nas empresas públicas

Foram apresentados 34 destaques visando a alterar o texto aprovado na semana passada. Desses, sete eram individuais e foram rejeitados em bloco
Marcelo Camargo/Agência Brasil

A Câmara aprovou hoje (14) destaque do PSDB, que retira do projeto de lei que regulamenta a terceirização no Brasil a possibilidade de as empresas públicas, sociedades de economia mista e suas subsidiárias e controladas, no âmbito da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, aplicarem as regras que constavam do texto aprovado na semana passada pelos deputados. O destaque do PSDB foi aprovado por 360 votos a favor e 47 contra.

Em função das dificuldades e da falta de entendimentos para continuar a votação dos destaques que visam a modificar o projeto que regulamenta a terceirização, e em atendimento a pedidos dos líderes partidários, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), adiou para amanhã à tarde a continuação da votação. “É mais prudente deixar para amanhã", disse.

Foram apresentados 34 destaques visando a alterar o texto aprovado na semana passada. Desses, sete eram individuais e foram rejeitados em bloco. Dois foram retirados pelos seus autores e apenas o do PSDB foi aprovado hoje pelos deputados. Restam ainda 24 destaques para serem apreciados.

Eduardo Cunha avisou que a votação amanhã poderá se estender até as 3 h. “Realmente, em função do número elevado de destaques apresentados, o que causa confusão em relação aos seus conteúdos, é mais prudente que continuemos amanhã para votar os destaques com mais consciência”, acrescentou Cunha.

O texto apresentado pelo relator, deputado Arthur Oliveira Maia (SDD-BA), e aprovado na semana passada pelo plenário da Câmara estabelece que a terceirização de mão de obra poderá ocorrer em qualquer uma das atividades de uma empresa do setor privado  e das empresas públicas e de economia mista. Com a aprovação do destaque do PSDB, ficaram de fora da terceirização as empresas públicas e de economia mista.

 

Pedido Especial

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse, na noite desta terça-feira, 14, que não aprovar o projeto de lei 4330, que libera a terceirização para atividades-fim das empresas, é uma "questão de honra da classe trabalhadora". Na abertura do 9º Congresso Nacional dos Metalúrgicos da CUT, em Guarulhos, na Grande São Paulo, onde usou seu discurso para novamente defender o governo de sua sucessora e para chamar movimentos sociais e sindicalistas a estarem ao lado de Dilma Rousseff, Lula fez também um apelo para que a presidente não deixe passar o PL.

"Dilma, conte conosco para qualquer coisa mas por favor tente evitar. Ela não é deputada portanto não pode votar essa lei, mas tem que fazer com que o Congresso Nacional respeite as conquistas históricas da classe trabalhadora brasileira", disse.

Lula afirmou que a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) "com todos os defeitos que tenha" foi "uma conquista do povo brasileiro". "O que não queremos é que as empresas passem a utilizar quase que mão de obra escrava como no final do século passado. Porque essas conquistas foram com muita luta. Certamente que o Eduardo Cunha e alguns deputados novos não sabem", disse em referência ao presidente da Câmara, que acelerou a tramitação do projeto.

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