21 SET 2024 | ATUALIZADO 18:26
MOSSORÓ
Da redação
07/05/2016 07:11
Atualizado
13/12/2018 09:54

MP investiga condições de participação de idosos no custeio do Amantino Câmara

Ministério Público recomenda que contribuição do aposentado não ultrapasse 70% de sua renda. Abrigo tem 60 dias para prestar informações.
Valéria Lima

O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN), por meio da 8ª Promotoria de Justiça da Comarca de Mossoró, instaurou inquérito civil com o objetivo de investigar as condições de participação dos idosos no custeio do Instituto Amantino Câmara.

A portaria que instaura o inquérito está publicada na edição deste sábado (07) do Diário Oficial do Estado (DOE).

O parquet também expediu, na mesma portaria, recomendação ao Amantino Câmara, para que sejam reformulados os contratos dos idosos acolhidos, no sentido de excluir cláusulas que induzam os aposentados a contribuir com mais de 70% de sua renda.

Também está sendo recomendado que seja firmado com o próprio idoso os contratos de prestação de serviços, admitindo a pactuação com familiares ou terceiros apenas quando possuírem termo de curatela, procuração ou sentença judicial, ou ainda em situações de excepcional impossibilidade de saúde comprovada por documentação médica.

O MP ainda recomenda que, caso a contraprestação do idoso seja de 70%, o saldo restante seja entregue diretamente ao acolhido ou responsável legal, podendo ser depositado também em contado individual do aposentado.

O Amantino Câmara deve apresentar, no prazo de 60 dias, informações sobre as providências adotadas após o recebimento da recomendação.

A instauração do inquérito civil e a expedição da recomendação têm como base a própria Constituição Federal, o Conselho Nacional dos Direitos do Idoso, Estatuto do Idoso e ainda o Código de Defesa do Consumidor.

Notas

Publicidades

Outras Notícias

Deixe seu comentário