Maternidade Almeida Castro disponibiliza sala para parto humanizado

Os municípios da região de Mossoró passam a contar com o funcionamento da primeira suíte para partos humanizados no Hospital Maternidade Almeida Castro, com toda a estrutura recomendada pelo Ministério da Saúde que garante nascimento do bebê e a saúde da mãe.

A unidade foi instituída inicialmente para partos particulares no formato humanizado, onde equipe é treinada para auxiliar a mãe a ter o filho normal. Trata-se de mais uma etapa do processo de reestruturação do Hospital Maternidade Almeida Castro pela Junta de Intervenção Federal, que tem na coordenação-geral a auditora de saúde Larizza Queiroz.

A suíte de Pré-parto, Parto e Pós-parto (PPP), que entrou em atividade recentemente, tem sala de espera com frigobar, mesa, ar condicionado e sofá; A sala de parto tem TV de Led, central de ar, sofás, e equipamentos necessários ao parto com segurança. Tem também banheiro grande e todos os equipamentos de segurança exigidos pelo Ministério da Saúde.

(Fotos: Cezar Alves/MH)

O Programa de Humanização no Pré-natal e Nascimento no Hospital Maternidade Almeida Castro, em Mossoró, segue o previsto no Programa Rede Cegonha, do Governo Federal, que visa implementar uma rede de cuidados para assegurar às mulheres o direito ao planejamento reprodutivo e a atenção humanizada à gravidez, ao parto e ao pós-parto, bem como assegurar às crianças o direito ao nascimento seguro e ao crescimento e desenvolvimento saudáveis.

Esta estratégia tem a finalidade de estruturar e organizar a atenção à saúde materno-infantil em todo o País e será implantada, gradativamente, em todo o território nacional, iniciando sua implantação respeitando o critério epidemiológico, taxa de mortalidade infantil e razão mortalidade materna e densidade populacional. Assim está sendo feito pela Junta de Intervenção no Hospital Maternidade Almeida Castro.

Quais são os componentes da Rede Cegonha?

São quatro os componentes da Rede Cegonha:

I - Pré-natal;

II - Parto e nascimento;

III - Puerpério e atenção integral à saúde da criança; e

IV - Sistema logístico (transporte sanitário e regulação).

Restauração de serviços avançam no Hospital Maternidade Almeida Castro

A Junta de Intervenção assumiu, por determinação do juiz Orlan Donato Rocha, da 8ª Vara Federal, a gestão da Associação de Proteção e Assistência a Maternidade e a Infância de Mossoró (APAMIM) que administra o Hospital Maternidade Almeida Castro, no mês de outubro de 2014, quando na época a unidade estava fechada.

A reestruturação está sendo feito em etapas, conforme explica Larizza Queiroz. “É um trabalho lento, feito com os poucos recursos do Sistema Único de Saúde e em parceria com a Prefeitura Municipal de Mossoró. Primeiro foi aberto a maternidade e depois a estrutura hospitalar”, diz.

“Paralelo ao trabalho de reestruturação, estamos com equipes 24 horas trabalhando a questão contábil e de recursos humanos, para superarmos as dívidas encontradas que se aproximam de R$ 40 milhões junto a servidores, fornecedores e bancos”, explica Larizza Queiroz.

O processo de reestruturação do Hospital Maternidade Almeida Castro está avançando, mas segundo Larizza Queiroz, ainda existe muito trabalho para a Junta de Intervenção fazer, como sanar as dívidas trabalhistas, junto a bancos, fornecedores e concluir a estruturação do prédio e equipamentos para funcionar bem em benefício da população.

Atualmente o Hospital Maternidade Almeida Castro, segundo relata o interventor Benedito Viana, já conta cerca de 140 leitos ativos, entre Unidade de Terapia Intensiva (UTI adulto, 9 LEITOS); UTI neonatal (9 leitos), Unidade de Cuidado Intermediário Neonatal Convencional (UCINCo, 7 leitos); Unidade de Cuidado Intermediário Neonatal Canguru – UCINCa, 18 leitos).

O interventor disse que está em pleno funcionamento também o Centro Cirúrgico Obstétrico e um Centro Cirúrgico para cirurgias gerais. Paralelo a estas duas estruturas, estão em funcionamento 34 leitos de enfermaria para mães e bebês e outros 34 leitos de enfermaria internamentos gerais, além de outros 16 leitos de enfermaria particular.

Também foi implantado um laboratório com equipamentos modernos, colocado em funcionamento raio x, ultrassom, entre vários outros serviços. “Estamos trabalhando para superar as questões trabalhistas, que é um trabalho difícil, bem como sanar os débitos junto a bancos e fornecedores que foram contraídos no passado”, enfatiza Larizza Queiroz.

Ainda conforme Larizza, o trabalho de restauração do prédio e também dos equipamentos continuam, conforme os recursos vão aparecendo. A Junta de Intervenção aguarda que os deputados federais e estaduais destinem recursos (emendas), como faziam antes, para fazer uma reforma mais ampla no prédio e comprar novos equipamentos.