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NACIONAL
Da redação / UOL
01/06/2016 05:08
Atualizado
12/12/2018 09:38

Ex-presidente da OAS inocenta Lula e delação trava na Lava Jato

Léo Pinheiro disse que reformou o triplex do Guarujá e o sítio em Atibaia, ambos em SP, sem receber algo em troca do ex-presidente Lula
Agência Brasil

Condenado a 16 anos de prisão por crimes cometidos no âmbito da Operação Lava Jato, o ex-presidente e sócio da OAS, Léo Pinheiro, teve o acordo de delação premiada travada por causa do seu depoimento envolvendo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em seu depoimento, o empresário inocenta o petista.

Segundo Pinheiro, as obras que a construtora OAS fez no apartamento tríplex do Guarujá (SP) e no sítio de Atibaia (SP) foram uma forma de a empresa agradar a Lula, e não contrapartidas a algum benefício que o grupo tenha recebido. A versão, no entanto, é considerada pouco provável pelos procuradores. Na visão destes, Pinheiro busca preservar Lula.

Pinheiro narrou que Lula não teve qualquer papel na reforma do apartamento e nas obras do sítio. A reforma do sítio, de acordo com o empresário, foi solicitada em 2010, no último ano do governo Lula, por Paulo Okamotto, que preside o Instituto Lula. Okamotto confirmou à PF que foi ele quem pediu as obras no sítio.

Já a reforma no tríplex do Guarujá, segundo o empresário, foi uma iniciativa da OAS para agradar ao ex-presidente. A empresa gastou cerca de R$ 1 milhão na reforma do apartamento, mas a família de Lula não se interessou pelo imóvel, afirmou ele a seus advogados que negociam a delação, em versão igual à apresentada por Lula.

Os procuradores da Lava Jato em Curitiba e Brasília adotaram uma estratégia para buscar extrair o máximo de informação da Odebrecht e OAS: dizem que só vão fechar acordo com uma das empresas. E, neste momento, a Odebrecht está à frente, segundo os procuradores.

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