A manhã de sexta-feira (10) começou com protesto em Mossoró. Os petroleiros iniciaram uma manifestação por volta das 7h em frente à base da Petrobras, na BR-304. O motivo: contra o atual Governo de Michel Temer (PMDB), que assumiu a presidência após a abertura do processo de impeachment de Dilma Rousseff (PT). A nova direção da Petrobras também foi citada como uma das causas para a manifestação.
De acordo com o trabalhador Cabral Júnior, o protesto é uma resposta ao atual Governo e a gestão do ex-ministro Pedro Parente, que assumiu a presidência da Petrobras no final de maio.
“Esse movimento é importante para dar uma resposta ao Governo, que quer cortar direitos dos trabalhadores. Esse protesto é uma resposta para dizer que vai ter luta e que a gente não aceita nenhum direito a menos. Esse protesto também é contra a atual presidência da Petrobras que, de qualquer forma quer entregar para a iniciativa privada os campos maduros”, relatou Cabral ao MOSSORÓ HOJE.
O secretário-geral do Sindicato dos Petroleiros do Rio Grande do Norte – Mossoró (Sindipetro), Pedro Lúcio, explicou que é inadmissível a nomeação do ex-ministro Pedro Parente para assumir a Petrobras.
“E ainda porque os petroleiros foram surpreendidos com a indicação de Pedro Parente da presidência da Petrobras, Pedro era o ministro do apagão do governo Henrique Cardoso, e na Justiça há processo contra ele por danos a Petrobras, ou seja, ele sequer poderia ser indicado”, afirmou.
Em Mossoró, a Petrobras emprega 2 mil funcionários, além de cerca de 5 mil terceirizados.
A paralisação desta sexta-feira é de 24h e acontece em vários estados brasileiros. Até esta quinta-feira (09), 13 campos bases da categoria haviam confirmado adesão ao protesto, como divulgou o jornal Folha de São Paulo.