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MOSSORÓ
Da redação
27/06/2016 13:07
Atualizado
13/12/2018 20:56

Zika faz crescer procura por remédios contraceptivos em Mossoró

Principais farmácias da cidade afirmam que nos últimos 11 meses o aumento nas vendas foi bem expressivo, superando cerca de 80% da procura
Agência Patrícia Galvão

Desde que teve início o surto do Zika vírus, o aumento pela procura de medicamentos contraceptivos crescem em todo o país. Em Mossoró, as principais farmácias afirmam que nos últimos 11 meses o crescimento nas vendas foi bem expressivo, superando cerca de 80% da procura.

“A procura foi muito grande. As consumidoras estavam com receio de engravidar e não descuidavam no uso dos remédios. As que já estavam grávidas, procuraram incessantemente os repelentes, que também tiveram uma venda alarmante”, destacou o farmacêutico João Paulo Holanda.

Agora, passado o susto inicial, no último mês os vendedores e farmacêuticos destacam que as vendas de contraceptivos tiveram uma pequena queda.

“Depois que as mulheres se acalmaram mais, percebemos que estamos vendendo menos. Ainda saí. Mas, não como antes”, frisa o vendedor Ranilson Freire.

A preocupação das mulheres está diretamente associada ao significativo aumento de casos de microcefalia no Brasil. Grande parte dos casos está relacionada ao vírus da Zika, conforme divulgado pelas autoridades de saúde.

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Com surto de Zika, cresce também número de abortos                                                                           

A preocupação com as complicações na gravidez relacionadas ao vírus da Zika aumentou a demanda por abortos, de acordo com estudo publicado na revista científica "New England Journal of Medicine", na última quarta-feira (22)

Segundo os cientistas, em quase todos os países onde há epidemia da zika e restrições legais ao aborto, o número de pedidos para o auxílio ao procedimento foi bem maior que o esperado. No Brasil, os pedidos à ONG holandesa Women on Web (WoW) somam o dobro da expectativa.

Antes do alerta, a expectativa da ONG era de 581 pedidos de brasileiras nesse período. Mas, depois do alerta, foram feitos 1.210 pedidos - uma diferença de 108%. Os pesquisadores analisaram os pedidos entre 17 de novembro de 2015 ao dia 2 de março de 2016.

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