A Junta de Intervenção Federal na Associação de Proteção e Assistência à Maternidade e à Infância em Mossoró/RN (APAMIM) trabalha para, em parceria com a Prefeitura, abrir até o final de agosto mais dez leitos no Hospital Maternidade Almeida Castro, que atualmente já conta com 149 leitos.
Nos novos dez leitos vai funcionar uma UTI pediátrica do município. As obras físicas já foram concluídas. As instalações elétricas e hidráulicas também. “Faltam os equipamentos, que estamos buscando parcerias com a iniciativa privada”, diz Larizza Queiroz, que coordena a intervenção.
A previsão do início das atividades da UTI Pediátrica no Hospital Maternidade Almeida Castro, conforme o interventor Benedito Viana, é na segunda quinzena do mês de agosto. Faltam instalar os equipamentos em cada leito e definir as equipes médicas.
Nesta quinta-feira, 30, o prefeito Francisco José Junior esteve visitando as obras de instalação da UTI pediátrica. Ele elogiou o trabalho da Junta de Intervenção em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde em prol da saúde, em especial o setor obstétrico.
Em vídeo, o prefeito destaca que aos poucos, de forma responsável, a Maternidade Almeida Castro está sendo transformada num Hospital. Além de partos, tem um grande centro cirúrgico e 40 leitos clínicos de apoio aos pacientes.
Outro setor importante aberto no Hospital Maternidade Almeida Castro foi a UTI adulto, com oito leitos, que atuam na retaguarda do Hospital Regional Tarcísio Maia. Segundo Larizza Queiroz, neste setor aguarda-se parceria com o Governo do Estado para ampliar os serviços.
O prefeito Francisco José Júnior, em entrevista durante a visita aos trabalhos de instalação da UTI pediátrica, faltou da importância também dos serviços de laboratório na maternidade.
Estrutura
Mesmo com as dificuldades financeiras impostas por dívidas milionárias e entraves burocráticos na Justiça, deixados pela gestão passada, a Junta de Intervenção buscou apoio na Prefeitura Municipal de Mossoró e também na iniciativa privada para reabrir os leitos no Hospital Maternidade Almeida Castro, conforme a determinação judicial.
Larizza Queiroz explica que os serviços foram sendo abertos pelo grau de necessidade em Mossoró. Foi aberto o centro obstétrico, a UTI neonatal (nove leitos para bebês de até 28 dias de vida - mais de 20 leitos complementares) e a clínica de repouso com mais de 30 leitos.
Depois foi aberto o laboratório com equipamentos novos e implantados vários programas previstos no Programa Federal Rede Cegonha, como, por exemplo, o Mãe Canguru, Parto Feliz, Parto Humanizado, um trabalho de apoio à gestação de alto risco, entre outros.
Em seguida os interventores investiram na abertura do Centro Cirúrgico, que tem quatro salas, sendo que uma equipada só para cirurgias ortopédicas. Junto com este centro cirúrgico, foram abertos mais 34 leitos de clínica cirúrgica, de apoio ao Centro Cirúrgico.
Atualmente são feitas 100 cirurgias/mês no Hospital Maternidade Almeida Castro.
Concluído o Centro Cirúrgico, os trabalhos se voltaram para instalar o setor de Parto Humanizado e a UTI adulto com 8 leitos. Esta UTI ajuda a desafogar o Hospital Regional Tarcísio Maia, que está com sua unidade de UTI sempre lotada.
Atualmente os trabalhos são de instalação de uma UTI pediátrica. Primeiro teve que recuperar toda a estrutura de alvenaria, conforme relata o interventor Benedito Viana. Em seguida feita uma adaptação da estrutura para receber rede elétrica, hidráulica e de oxigênio. Faltam apenas instalar os equipamentos e contratar e treinar a equipe que vai atuar.