22 SET 2024 | ATUALIZADO 18:38
MOSSORÓ
Por Josemário Alves
06/07/2016 14:59
Atualizado
13/12/2018 22:48

Mossoroense é mordida por jararaca no sofá de casa

Ao sentar no sofá, bombeira civil Jaqueline da Silva foi mordida no pé pela cobra que estava em baixo de um pano branco. Por não ter soro antiofídico no HRTM, foi encaminhada para Natal
Arquivo Pessoal

A bombeira civil Francisca Jaqueline da Silva Freire, de 24 anos, foi mordida no dedo do pé por uma cobra jararaca dentro de uma casa no bairro Bom Jesus em Mossoró. O fato aconteceu na manhã desta quarta-feira (06) e chamou atenção pela forma como aconteceu.

A vítima contou em áudio enviado aos amigos, via Whatssap, que a serpente estava embaixo de um pano branco perto do sofá, na sala da casa de uma amiga de sua mãe. Elas foram lá olhar a reforma da casa, que estava, segundo ela, muito bonita.

Ao sentar, a jovem acabou sendo mordida no dedo do pé. O primeiro ato após a "picada" da cobra, segundo Jaqueline, foi tomar um copo de leite. Em seguida foi para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Alto de São Manoel. "Chegando lá, eu tomei duas injeções e me encaminharam para o Tarcísio", conta.

Jaqueline disse ainda que no Hospital Regional Tarcísio Maia, devido à falta de soro antiofídico, os médicos reguladores recomendaram transferência dela com urgência para o Hospital Giselda Trigueiro, na zona norte de Natal. A família a levou em carro próprio.

A supervisora do Tarcísio Maia, assistente social Elza Gurgel, explicou ao MOSSORÓ HOJE que foi feito contato com todos os hospitais regionais do Estado, mas o soro só foi encontrado em Pau dos Ferros e Natal. A médica reguladora, então, optou por encaminhá-la para a capital.

Seu estado de saúde inspira cuidados. No Giselda, em Natal, Jaqueline disse que tirou sangue para fazer exames e está tomando soros. Já tomou três soros (20h30), sendo dois contra veneno de cobra. Ela reclamou que não sabia que precisava ficar muito tempo no hospital e não levou roupas.

(Foto: Cedida)

As jararacas são serpentes peçonhentas, bastante comuns no Brasil. Seu veneno provoca necrose e inchaço, que podem comprometer o membro atingido, além de tontura, náusea, vômitos entre outros sintomas.

Os casos de morte da vítima são raros, segundo os médicos, mas podem acontecer se a vítima não for tratada rapidamente. Neste caso, a morte é decorrente da baixa da pressão arterial da pessoa, que provoca redução do volume de sangue no organismo, falência renal e hemorragia intracraniana.

Em relatório divulgado recentemente pela Secretaria de Saúde Pública (SESAP), constava que acidentes com animais peçonhentos lideravam os casos de intoxicações em todo o Rio Grande do Norte. Só nos primeiros quatro meses de 2016, cerca de 42 pessoas precisaram de atendimento médico.

Notas

Publicidades

Outras Notícias

Deixe seu comentário