A operação Game Over, que investiga quadrilhas especializadas em alterar resultados de partidas de futebol, apontou que placares de jogos da primeira divisão do Campeonato Potiguar também foram manipulados.
O trabalho de investigação está sendo coordenado pela Delegacia de Repressão aos Crimes de Intolerância Esportiva, de São Paulo.
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De acordo com a polícia, jogadores, dirigentes e técnicos recebiam entre US$ 20 mil a US$ 30 mil para que times perdessem alguns jogos. Os resultados eram combinados com uma quadrilha que fazia apostas na Indonésia, Malásia e China.
No Rio Grande do Norte, as investigações apontaram que o braço da organização criminosa e responsável por “acertar” alguns placares era o ex-técnico do Palmeira de Goianinha, Marcos Ferrari. Outros 10 brasileiros que faziam parte da quadrilha internacional também foram identificados, mas somente oito foram presos.
O vice-presidente do Baraúnas de Mossoró, Gilson Cardoso, confirmou que chegou a receber uma ligação de um aliciador do Rio de Janeiro, propondo a derrota da equipe em uma determinada partida, mas disse que recusou a proposta.
O delegado Mário Sérgio, responsável pela investigação, explicou como funcionava o esquema fraudulento.
“As informações eram transmitidas para as quadrilhas da Ásia, que replicavam isso para os seus membros, para que eles pudessem apostar nas Casas de Apostas, com probabilidade real de lucros incalculáveis. Os clubes recebem para perder, não recebem para ganhar”, revelou.
Pelo menos dois jogos do Palmeira estão sendo investigados. Um em que a equipe sofreu uma goleada por 7 x 0 para o América e outro em que perdeu para 5 x 1 para o Globo.
Além do RN, a quadrilha atuava nos estados do Ceará, Maranhão, Mato Grosso, Acre, São Paulo e Paraná.