A crise alcançou também as arquibancadas dos estádios de futebol. "Até o ano passado chegava a vender quase o dobro", afirma logo no início da partida entre Potiguar e Uniclinic (Veja lance a lance AQUI) o vendedor Wesley dos Santos, que há três anos aproveita os dias de jogos na cidade para dar uma incrementada nas vendas.
De olho na partida, balas e chocolates parecem não caber mais na prioridade da torcida que já precisa pagar o preço do ingresso.
"Caiu muito mesmo", confirma o vendedor conhecido por todos como Canudinho.
Alegre e envolvendo os clientes que já conhecem o seu produto com um ar de intimidade, ele aposta na sua facilidade de comunicação para driblar a diminuição das vendas, que atribui a dois fatores: a menor capacidade de público do estádio e também o elevado preço do ingresso. Ele também aposta há cerca de três anos nas vendas no Nogueirão.
Com o ingresso sendo vendido por R$ 25,00, Marxson Canudinho acredita que sobra menos para o torcedor consumir dentro do estádio.
De toda forma, a partida abriga trabalho para dezenas de pessoas que se organizam desde a entrada, até as áreas das cadeiras e arquibancadas.
E apesar de estarem lucrando menos, todos reconhecem que precisam da oportunidade e torcem por jogos sempre movimentados para melhorar os seus negócios.