25 NOV 2024 | ATUALIZADO 12:42
ESPORTE
Josemário Alves
16/07/2016 09:23
Atualizado
13/12/2018 04:11

Clubes potiguares negam ter recebido proposta para perder jogos

Dirigentes disseram ao Mossoró Hoje que só tomaram conhecimento do esquema fraudulento quando houve ampla divulgação da mídia.
Josemário Alves

A recente descoberta de uma quadrilha que alterava resultados de jogos de futebol no Brasil abalou o futebol potiguar. As investigações feitas pela Polícia Civil de São Paulo apontaram que o Rio Grande do Norte possuía ramificação do grupo criminoso.

Eles ofereciam dinheiro para que os clubes perdessem com placares absurdos, geralmente de goleada, a fim de beneficiar apostadores do continente asiático. Segundo a polícia, o responsável por aliciar técnicos e dirigentes no Rio Grande do Norte era o ex-técnico do Palmeira de Goianinha, Marcos Ferrari.

Em contato com o MOSSORÓ HOJE, dirigentes de clubes como ASSU, Potiguar, Globo e América negaram ter recebido propostas para perder jogos, ao contrário do que revelou o vice-presidente afastado do Baraúnas, Gilson Cardoso, que confessou ter recebido a proposta, mas recusou.

Os dirigentes disseram que só tomaram conhecimento do caso na semana passada, quando as investigações foram amplamente divulgadas.

“Fiquei sabendo do esquema recentemente pelos noticiários. Não tínhamos conhecimento, nem nunca rebemos nenhuma ligação”, declarou Marconi Barreto, proprietário do Globo Futebol Clube, de Ceará-Mirim.

O mesmo foi dito pelo presidente do América de Natal, Beto Santos. A equipe foi a que mais goleou no campeonato com placar de até 7 a 0 sobre o Palmeira. Beto alega que foi mérito dos jogadores.

“O América começou muito bem. Enquanto os outros times estavam sendo montados em janeiro, nós já estávamos treinando. Nunca recebemos nenhuma ligação desse tipo. A goleada sobre o Palmeira marcava a retomada no campeonato, após perdermos a Copa do Nordeste. Fomos pra cima e o resultado foi esse. Mérito da equipe”, afirmou.

Apesar de também negarem ter recebido propostas, o diretor de futebol do ASSU e o presidente do Potiguar de Mossoró, disseram que se sentiram prejudicados em alguns jogos e que acionaram a Justiça.

Max Luís, do Potiguar, disse que a partida entre Globo e Palmeira, que terminou em 5 a 1 para a equipe de Ceará-Mirim, teve “lances inventados”. Já Batistinha Guedes, do ASSU, citou a arbitragem do jogo entre Globo e ASSU, que anulou um pênalti de forma inesperada e acabou tirando a equipe do “Camaleão do Vale” da competição.

A reportagem tentou contato com os dirigentes de Alecrim, ABC e Palmeira, mas não obteve êxito. O presidente da Federação Norte-Rio-Grandense de Futebol (FNF), José Vanildo, também foi procurado, mas em todas as ligações a atendente informava que ele estava ocupado.

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