A dona de casa Deuzilene Antônia da Silva, de 42 anos, e sua filha cadeirante Glícia Roberta da Silva, de 15 anos, que tiveram parte dos corpos queimada durante um atentado criminoso, seguem internadas sem previsão de alta. Elas estão sendo medicadas e utilizando anestesias para suportar as dores.
“Leninha”, como é mais conhecida a dona Deuzilene, contou ao MOSSORÓ HOJE na manhã desta quinta-feira (21) que está melhorando aos poucos, mas os médicos já alertaram que seu estado de saúde requer muita atenção. Ela está enfaixada no setor de Queimados no Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel, em Natal.
Já a sua filha, Glícia, está recebendo atenção especial por conta do quadro clínico mais grave e da sua pouca idade. Ela está no Instituto Doutor José Frota, em Fortaleza/CE.
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A tia que está acompanhando ela no internamento revelou que a adolescente sente muita falta da mãe e às vezes chora.
“Ela está ainda muito abalada. Quer voltar para casa. Às vezes chora com saudades da mãe”, disse dona Deuzinete, irmã de “Leninha”.
O pai e o irmão de Glícia não estão mais em Mossoró. A família contou que eles saíram da cidade por medo da morte.
Atentado
O ataque que queimou os corpos da adolescente e da sua mãe aconteceu na madrugada da última quinta-feira (14). Criminosos atearam fogo na casa e obrigaram elas e ficarem dentro. O motivo, segundo a Polícia Civil, foi uma discussão entre o filho de dona Deuzilene com outro rapaz, durante uma partida de futebol.
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“Por causa dessa briga, parentes do rapaz foram lá na casa procurar o filho da dona da casa, como não encontraram, descontaram na mãe e na filha”, revelou Paulo Pereira, delegado que investiga o caso.
Ambos já foram identificados. Os nomes dos dois estão sendo mantidos em sigilo pela polícia para não dificultar o andamento das investigações.
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Ainda segundo o delegado, um dos autores do atentado é menor de idade e o procedimento irá ser encaminhado para a Delegacia Especializada em Atendimento ao Adolescente (DEA).
Já o outro suspeito, o delegado Paulo Pereira disse que deverá pedir a sua prisão preventiva.