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Retratos do Oeste
01/09/2015 14:42
Atualizado
13/12/2018 02:40

Segurança pública: a responsabilidade e quem de fato é culpado pela violência

Irei abordar por tema e esperar as pancadas, pois é o que resta para quem não tem argumentos e se alimenta da cultura do caos, da quanto pior melhor.

Nas últimas semanas tenho sido vítima de agressões verbais e até ameaças física por apresentar dados concretos sobre a gestão do prefeito Francisco José Júnior na Prefeitura de Mossoró.

O simples fato de me solidarizar com o juiz Herval Sampaio, o presidente da Câmara Jório Nogueira e demais jornalistas do projeto da TV Câmara foi suficiente para os ataques.

Irei abordar por tema e esperar as pancadas, pois é o que resta para quem não tem argumentos e se alimenta da cultura do caos, da quanto pior melhor.

O primeiro será segurança...

A violência é consequência de décadas de descaso do Poder Público com a educação e políticas públicas de reestruturação da família e do aparelho em si de segurança.

Segurança é uma cadeia de serviços (família, religião, educação, Policiamento ostensivo, investigativo, justiça e prisional) e quando um deles quebra, todos os outros são prejudicados.

Depois de décadas de descaso do estado (Município, Estado e União), Mossoró chegou a índices de violência em 2011 comparados somente a países em guerra, como o Iraque.

Em 2011, Mossoró chegou ao absurdo de registrar 194 homicídios, ou seja, 174 assassinatos para cada 100 mil habitantes/ano. Durante a guerra no Iraque, a média anual era de 64.

E a cadeia de serviços que permite o cidadão viver em paz, tem funções distintas, com responsabilidades bem divididas. A família e a igreja cuidam da formação do cidadão.

Quando estas falham, o Governo do Estado através da Policia Militar entra em ação com o trabalho ostensivo e assim coibir que o cidadão desvirtuado cometa o crime.

No caso de mesmo assim o cidadão cometer o crime, é também responsabilidade do estado, através da Policia Civil, investigar, levar o criminoso a Justiça e puni-lo no prisional.

Ocorre que as famílias, a igreja e o Estado não estão formando bem as pessoas e, por incrível que pareça, está pegando gente ruim, deixando pior nos presídios e jogando na sociedade.

Chamam isto de segurança pública e conseguem enganar parte da sociedade através de suas mídias, porém existe uma pequena ala que não se deixa enganar.

Mas este artigo tem como objetivo destacar a responsabilidade da Prefeitura do Município para com a segurança pública no território de Mossoró: formação do cidadão.

Esta formação é composta por vários fatores. O primeiro e talvez o principal é dentro da família. Famílias destroçadas tem mais chances de deixar seus membros desvirtuados.

Não se tem conhecimento se existe algum projeto nas gestões da Prefeitura de Mossoró nos últimos 20 anos que permita a reestruturação da família. A Igreja faz a parte dela.

No quesito educação, a Prefeitura de Mossoró limitou a fazer o básico, que não atende mais as necessidades dos professores para ensinar e muito menos do aluno de apreender.

A escola se tornou para o jovem estudante algo bem enfadonho, desinteressante, estressante, algo que lhe custa um esforço muito grande para conseguir avançar no aprendizado.

E este enfadonho para o jovem estudante está diretamente ligado as outras fontes de conhecimento que tem acesso, como a TV, o computador e as “atrações” da rua.

Logo, o professor terá dificuldades para, diante do que mostra a TV, o computador e a rua, conseguir atenção do jovem para o conteúdo que oferta usando quadro negro e giz.

Neste ponto, destaco que nos últimos vinte anos, com o surgimento de novas tecnologias, a Prefeitura de Mossoró deveria ter projetado outras formas de educar os jovens.

Em países onde existe a cultura de viver em paz, como Nova Zelândia, Holanda, Finlândia, Noruega, Áustria, as famílias são estruturadas e as escolas tem o seguinte perfil:

É construída num local amplo, bem arborizada, tem estrutura de esportes, cultura, bibliotecas e a criança chega na escola de manhã e sai no final da tarde com os pais.

É dentro deste ambiente que a criança não fica exposta a TV, ao computador e as “atrações” da rua, que consegue assimilar o conteúdo ofertado e crescer com conhecimento, educada.

No Brasil, os Instituto Federal de Educação Tecnológico é quem mais se aproxima. Não é o ideal, no entanto é quem mais oferta possibilidades de conhecimento e crescimento saudável.

E neste ponto, os gestores que administraram Mossoró nos últimos 20 anos, especialmente de 2003 a 2012, além de não projetar nova estrutura, não construíram novos IFRN na cidade.

E não foi por falta de oportunidade. Estas tiveram e não foram poucas.

Neste período de 2003 a 2012 foram construídos outros 19 IFs no RN. Mossoró já havia provado de um exemplar para saber que é bom e merece ser replicado e não o fez.

As consequências são dados de arrepiar nas ruas. A população vivendo em situação de terror, saindo de casa assustada e retornando olhando para os lados como se fossem bandidos.

O medo levou as pessoas a construírem presídios para morar, ao menos é o que parece todas as casas com seus muros altos, cercas elétricas, câmeras, alarmes e cães ferozes.

Foi neste cenário de horror e medo que o atual prefeito Francisco José Junior assumiu a Prefeitura de Mossoró interinamente em2014 e em 2015 como eleito pelo povo.

Como se já não bastasse este cenário de horror, Francisco José Junior assumiu a Prefeitura numa época de crise mundial, que afetou o Brasil, derrubando as receitas dos municípios.

Em Mossoró, esta queda na arrecadação em relação ao previsto em orçamento aprovado pelos vereadores na Câmara Municipal de Mossoró passa de R$ 5,6 milhões/mês.

Além do cenário de horror, sem recursos, Francisco José Júnior assumiu a Prefeitura com a difícil missão de corrigir erros de décadas de quem administrou Mossoró e avançar.

Criou a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social e convidou o então comandante Alvibá Gomes, que é tenente coronel da PM e conhece bem Mossoró, para comandar.

Diante da necessidade extrema, o prefeito Francisco José Júnior arriscou em investir no setor que é de responsabilidade do Governo do Estado: o policiamento ostensivo.

O fez através da Guarda Municipal, que hoje já conta com cerca de 300 homens, e através Base Integrada Cidadã, criado um pouco antes e que estava dando certo.

Instalou outras 5 BICs em pontos estratégicos de Mossoró.

Através da BIC, a Prefeitura de Mossoró paga diária de R$ 70,00 para o PM de folga fazer o trabalho ostensivo na cidade. Atualmente garante 124 PMs por turnos de 24 horas nas ruas.

Na ótica de Alvibá Gomes, este investimento é muito alto, porém necessário para garantir segurança ostensiva nas escolas, postos de saúde e a população em geral.

A importância da Guarda Municipal e as equipes das BICs espalhadas pela cidade de Mossoró, pode ser comprovada na manhã desta terça-feira, 1 de setembro.

Uma dupla assaltou uma mulher em frente ao Colégio Ceamo, na Rua Delfim Moreira, bairro Bom Jardim. A Guarda Municipal chegou no ato, perseguiu e prendeu os assaltantes.

Mas a educação em tempo integral?

Primeiro é preciso reconhecer que construir escolas em locais amplos, com ginásios, estádio, bibliotecas, estrutura para atividades culturais, custa caro e estamos em crise.

O sistema de educação integral criado nas gestões de 2003 a 2012 é na verdade massacrante. O aluno fica num ambiente fechado, sem opções de cultura e esporte. 

Trata-se de uma distorção na formação dos jovens que virou cultura ao longo dos anos e que para mudar, precisa passar por um longo e doloroso processo de debates.

Quanto as escolas técnicas, uma das primeiras coisas que o prefeito Francisco José Junior fez foi procurar a senadora Fátima Bezerra e pedir ajuda para construir outro IFRN em Mossoró.

IFRN no modelo que foi construído em Ipanguaçu, gerando profissionais de acordo com a necessidade regional, que descobre e forma grandes profissionais.

Foi do IFRN de Ipanguaçu que surgiu Ewerton Frutuoso, que conquistou o primeiro lugar em Medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

Ewerton Frutuoso é um exemplo de que havendo oportunidades, haverá quem aproveite e gere bons frutos sociais, incluindo aí o cenário sem violência, onde se vive cultivando a paz.

Diante do que foi feito em segurança pública, o quadro foi de redução no número de crimes de homicídios nos primeiros seis meses de 2015 em relação a 2014 na casa dos 23%.

Esta foi a maior redução se comparado as estatísticas em todos os municípios do RN.

Resolveu o quadro de insegurança?

Obviamente que não, mas é inegável que foram feitos esforços neste sentido, carecendo agora a contrapartida do Governo do Estado com Policia Civil, Justiça e presos trabalhando.

Ou seja, o único caminho para o estado parar de pegar gente ruim, deixá-lo pior nos presídios e soltá-los nas ruas. Isto não tem sentido algum em se tratando de segurança pública.

Apesar dos esforços e até fazer o que é de responsabilidade de outro ente federativo, Francisco José Junior tem sido responsabilizado, como prefeito, pelo caos na segurança.

É vítima de uma campanha sórdida onde a acusação não tem consistência nenhuma e quem ousa contestar com dados concretos, termina alvo de ataques verbais e até físico.

Esta tem sido a reação constante de grupos políticos da família Rosado que passaram 50 anos no poder, não fizeram o que tinham que fazer para se viver em paz e agridem quem o faz.

Estes grupos, com apoio de setores da mídia, trabalham dia e noite para ver o caos na cidade, prejudicando as pessoas, com a finalidade de ter votos para voltar ao poder e fazer o mesmo.

É importante observar que ao assumir o governo, Francisco José Júnior, após auditoria feita pelos professores da UERN na Folha de Pagamento, descobriu 622 servidores fantasmas.

Notas

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