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VARIEDADES
Da redação
13/08/2016 04:21
Atualizado
12/12/2018 02:55

Desaparecimento de abelhas ainda não atinge produção de frutas em Mossoró

Na região de Mossoró são produzidos diversos tipos de frutas como o melão, melancia e o caju. Ambas necessitam da abelha para haver a fecundação das flores.
Josemário Alves
Estudos apontam que o desaparecimento das abelhas pode afetar drasticamente a produção de alimentos, principalmente de frutas, em todo o planeta. Isso acontece porque o inseto desempenha um papel importante na polinização das flores, ou seja, na fecundação das plantas.

O assunto foi tema de reportagem especial do jornal MOSSORÓ HOJE na edição de número 30, que destacou a ameaça à produção de alimentos em todo o Rio Grande do Norte. Entretanto, apesar das mais diversas pesquisas, a morte das abelhas ou o seu desaparecimento ainda não atingiu os fruticultores da região de Mossoró.

De acordo com o professor-doutor e pesquisador em fruticultura da Ufersa, Gustavo Alves, as abelhas são imprescindíveis para os produtores e há essa preocupação sobre o seu desaparecimento, mas o grupo de pesquisa da Universidade não possui registros de perdas de produção por falta de polinizadores. Ele destaca que a principal causa da falta das abelhas é a seca.

“Não temos relatos de produtores que perderam sua produção por falta de polinizadores. Geralmente é por falta de água. E não tendo a água, não tem florescimento. Sem o florescimento, o produtor acaba não tendo as abelhas”, explicou.

Na região de Mossoró são produzidos diversos tipos de frutas como o melão, melancia e o caju. Ambos necessitam da abelha para haver a fecundação das flores.

“É grande a importância das abelhas para a nossa agronomia em geral. O processo de polinização acontece quando a planta emite a flor e o inseto vem para se alimentar do néctar, e carrega o pólen de uma planta para outra, fazendo a parte de cruzamento. Sem abelhas, é impossível você ter qualquer tipo de produção de alimento e de frutas”, reconhece Gustavo Alves.

O pesquisador ressalta que, quando há florescimento das frutíferas, as abelhas vêm automaticamente. Isto foi constatado no pomar experimental da Ufersa e nos demais pontos de pesquisas do grupo.

“Temos experimentos aqui em Mossoró, em Governador Dix-sept Rosado e em Martins. Em nenhuma dessas cidades a gente observou que houve falta de abelhas para polinizar. Quando as frutíferas emitiram flores, as abelhas vieram. O problema é a planta chegar até o estágio de florescimento”, acrescenta, citando novamente o fator seca como principal problema do desaparecimento das abelhas.

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