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NACIONAL
Da redação, com informações do UOL
16/08/2016 03:32
Atualizado
13/12/2018 01:56

João Havelange morreu aos 100 anos no Rio de Janeiro

Ex-atleta e antigo presidente da Fifa, Havelange havia sido internado no Hospital Samaritano, no bairro do Botafogo, no Rio de Janeiro, para se curar de uma pneumonia
Agencia AP
Ex-atleta panamericano e antigo presidente da Fifa, João Havelange morreu aos 100 anos de idade nesta terça-feira, 15. Em julho, ele havia sido internado no Hospital Samaritano, no bairro do Botafogo, no Rio de Janeiro, por conta de uma pneumonia.

Antes de ser conhecido mundialmente como presidente da Fifa, Jean-Marie Faustin Goedefroid de Havelange atuou em vários ramos do esporte, inclusive tendo começado a sua trajetória como um atleta de sucesso.
 
Nascido no dia 8 de maio de 1916, no Rio de Janeiro, João Havelange é filho de um belga que morava no Brasil e comercializava armas. No entanto, ele seguiu um caminho bem distinto do pai.
 
Desde criança, Havelange praticou vários esportes pelo Fluminense, inclusive futebol, mas foi nas piscinas que ele mais se destacou. Competiu nas provas de natação na Olimpíada de 1936, em Berlim, e no pólo aquático nos Jogos de 1952, em Helsinque. Foi medalha de prata com o time de pólo no Pan-Americano de 1955.
 
Fora do mudo esportivo, Havelange fez faculdade e se formou como advogado, além de ter trabalhado como empresário, sendo diretor executivo da Viação Cometa, uma grande empresa de ônibus brasileira.
 
Apesar de ser torcedor do Fluminense, Havelange também foi presidente do Vasco da Gama, além da Federação Paulista de Natação. Foi presidente da CBD (Confederação Brasileira de Desportos, a antiga CBF) entre 1956 e 1974, justamente no período em que a seleção brasileira conquistou três títulos mundiais: 1958, 1962 e 1970.
 
Depois, foi eleito para o Comitê Olímpico Internacional (COI), onde foi membro de 1963 a 2011, quando pediu o desligamento.
 
Ganhou as eleições da Fifa e virou presidente da entidade que comanda o futebol mundial em 1974, ficando no poder até 1998. Esteve na organização de seis Copas do Mundo e criou Mundiais das categorias de base. Quando deixou o comando para dar lugar a Joseph Blatter, tornou-se presidente de honra da Fifa.
 
Havelange também se dedicou a trabalhos filantrópicos internacionais, ganhou prêmios por isso e foi cotado para ser indicado ao Prêmio Nobel da Paz. Por outro lado, teve o seu nome envolvido em um escândalo de corrupção, da ISL, antiga parceira da Fifa, junto com o seu ex-genro Ricardo Teixeira, que renunciou à presidência da CBF este ano.
 

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