23 SET 2024 | ATUALIZADO 18:43
MOSSORÓ
Da redação
11/09/2016 11:29
Atualizado
14/12/2018 09:11

Acidente doméstico: saiba quais os principais riscos que seu filho pode encontrar em casa

Cerca de 1,6 mil crianças foram hospitalizadas no Rio Grande entre 2014 e 2015 vítimas de acidentes dentro de casa. Número de mortes chegou a 32.
O acidente doméstico que matou o garotinho Luís Gustavo, de 4 anos, eletroplessado na cidade de Tibau, acendeu o alerta dos pais. Quais os riscos que meu filho pode encontrar em casa? O que eu posso fazer para minimizar esses riscos?

Devido a essa preocupação, o MOSSORÓ HOJE conversou com a baby planning Daianny Melo, que presta consultoria para gestantes e mães, e elencou os principais pontos para garantir a segurança do seu filho dentro e fora de casa.

Segundo Daianny, o maior número de acidentes domésticos acontece com crianças de 0 a 5 anos. É nessa faixa que a criança está descobrindo o universo ao seu redor, o que acaba gerando uma grande curiosidade.

O local com maior número de acidentes é a cozinha, já que lá estão facas em gavetas de fácil acesso, panelas nos fogões e produtos de limpeza muitas vezes na parte de baixo do armário. Daianny destaca, inclusive, que a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que os pais não permitam que seus filhos pequenos frequentem a cozinha.

Outro perigo são baldes com água e vasos sanitários. “Criança é muito curiosa, então ela vai ao banheiro sozinha ou encontra um balde com algum pano de molho, quer tocar na água, mexer e acaba se afogando”, explica.

Daianny frisa também como perigosos objetos como mesas, armário e cadeiras, pois possuem pontas e quinas. Também há as tomadas elétricas de fácil acesso. Para evitar acidentes, ela recomenda que os pais adequem a casa antes mesmo de a criança começar a se locomover sozinha.

“Esse problema das tomadas é recorrente. É fundamental que os pais se adequem e coloquem protetores. Também não podem esquecer-se da vigilância. Ela é a principal forma de evitar acidentes domésticos. Quanto menor a criança, maior a vigilância”, conclui.

Além do interior da casa, os pais devem dá atenção à área de lazer de condomínios fechados, opção de moradia cada vez mais comum entre a população. Neste caso, o perigo está nas piscinas e nos playgrounds malconservados.

De acordo com dados fornecidos ao MOSSORÓ HOJE pela ONG Criança Segura, somente entre 2014 e 2015 mais de 1,6 mil crianças, entre 0 e 14 anos, foram hospitalizadas devido a acidentes domésticos. Em 2014, o total de mortes chegou a 32.

Em nível nacional, a ONG aponta que em 2014 mais de 2,6 mil crianças, de 0 a 14 anos, morreram em decorrência de acidentes domésticos em todo o Brasil e outras 111 mil foram hospitalizadas. A maior parte dos acidentes foi provocada por quedas ou queimaduras

A auxiliar de cozinha Elizângela Nascimento, de Mossoró, conta que já sofreu com isso. Seus três filhos precisaram ser hospitalizados devido a acidentes em casa. O caso mais recente foi com seu caçula, o pequeno Enzo Gabriel, de 1 ano. Ele escorregou no próprio xixi e bateu com a cabeça no chão, originando um furúnculo (pequeno tumor).

“Eu estava no trabalho e só soube à noite, quando cheguei em casa. Fiquei muito preocupada. O furúnculo só veio aparecer dois dias após a queda”, relatou. “Minha filha mais velha caiu de uma cadeira quando tinha 4 anos e feriu a cabeça. Meu filho, quando tinha 3 anos, caiu da rede e feriu o queixo”, acrescenta.

Depois de todos esses acidentes, Elizângela relata que tem adotado diversas medidas de segurança como, por exemplo, na rede elétrica e no fogão.

“Sempre tiro a extensão da tomada e coloco o cabo das panelas para dentro. Quando estou fazendo comida, não deixo nem chegarem perto do fogão. A gente está sempre correndo atrás deles, mas são inevitáveis certos acidentes”, conclui.

Acidentes domésticos:

1,6 mil crianças hospitalizadas no RN entre 2014 e 2015;
32 mortes no Estado
 

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