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SAÚDE
Da redação
18/10/2016 10:02
Atualizado
14/12/2018 00:36

Aviões do Forró declarava à Receita apenas 20% do que ganhava, afirma Polícia Federal

Investigações foram iniciadas em 2012. Estimativa preliminar já identificou sonegação de mais de R$ 300 milhões nas bandas envolvidas no esquema. Contas de Xand e Solange Almeida foram bloqueadas pela PF.
Arquivo/MH
Durante coletiva de imprensa realizada na manhã desta terça-feira, 18, a Polícia Federal revelou que as bandas investigadas na Operação “For All”, entre elas a Aviões do Forró, declaravam à Receitas apenas 20% do que ganhavam. As contas dos vocalistas Xand e Solange Almeida foram bloqueadas pela Polícia Federal. 

As fraudes no Imposto de Renda investigadas pela PF e pela Receita em um dos maiores grupos empresarias de forró do país, a A3 Entretenimento, podem chegar a R$ 500 milhões, segundo informou a Polícia Federal.  A estimativa preliminar já identificou uma omissão de receitas de mais de R$ 300 milhões.

À imprensa, a banda Aviões do Forró informou "que está à disposição da Polícia Federal e da Justiça e que colaborará com todos os questionamentos em relação à operação". Os vocalistas Xand e Solange Almeida foram ouvidos na sede da PF, em Fortaleza, mas segundo a PF, não foram indiciados formalmente, apenas prestaram esclarecimentos. Os empresários Isaías Duarte e Carlos Aristides, do grupo A3 Entretenimento, também foram levados para prestar informações na PF.

A delegada PF Doralucia Oliveira explicou que "causou estranheza" quando foram analisados os valores médios dos cachês das bandas, a quantidade de shows realizados e divulgados em agenda pela internet, e os valores declarados ao Imposto de Renda. As investigações são relativas aos anos de 2012 e 2014. "Os contratos eram feitos com 20% do valor efetivo, e o resto circulava por fora com valor em espécie", informou. Somente com relação às bandas, a sonegação seria em torno de R$ 121 milhões.

Auditores-fiscais da Receita Federal do Brasil, a partir do cruzamento de informações, apuraram indícios de omissão de receitas, variação patrimonial a descoberto, ocultação de patrimônio e lavagem de dinheiro efetuados por essas empresas e pessoas físicas do ramo de entretenimento. As investigações começaram em 2012 e foram aprofundadas a partir de 2014 com a parceria da Polícia Federal e do Ministério Público.

Foram cumpridos 32 mandados de condução coercitiva (quando a pessoa é levada a depor e depois é liberada), sendo 26 de pessoas jurídicas e 6 de pessoas físicas. A PF apreendeu 163 bens imóveis, além de 38 veículos de pessoa física e 37 de pessoas jurídicas.

A Polícia Federal disse ainda que vai abrir "ampla fiscalização em pessoas físicas e jurídicas para, a partir daí, materializar os valores que compõem a sonegação". Há apenas um mandado sendo cumprido na Paraíba; os demais são no Ceará. Os mandados estão sendo cumpridos por cerca de 260 policiais federais e 35 auditores em Fortaleza, Russas e Sousa (PB). Segundo a delegada PF, uma das pessoas investigadas na operação teria domicílio na cidade paraibana.

Com informações do G1/CE, Receita Federal e PF


 

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