MOSSORÓ
Da redação
12/11/2016 10:23
Atualizado
12/12/2018 08:51
Sem bolsas coletoras adequadas, ostomizados protestam no Centro de Mossoró
Mobilização realizada na manhã deste sábado, 12, também chamou atenção da sociedade para ausência no envio das bolsas para usuários infantis
O Grupo de Assistência à Família Ostomizada de Mossoró e Região promoveu na manhã deste sábado, 12, na Praça Rodolfo Fernandes, a Praça do Pax, uma mobilização com o objetivo de chamar atenção da sociedade para as dificuldades enfrentadas pelos usuários de bolsas coletoras.
Conforme já relatado pelo MOSSORÓ HOJE, os cerca de 130 usuários da cidade estão há cerca de um ano recebendo praticamente um mesmo tipo de bolsa, que não atende às necessidades específicas de cada ostomizado, conforme preconiza o Ministério da Saúde. É o caso, por exemplo, de Maria do Socorro.
Há 11 anos, ela foi acometida por um câncer no reto, e desde então precisa utilizar a bolsa. No entanto, nos últimos meses o material enviado pelo Governo do Estado não é o adequado. “A que eu preciso tem um cinto, devido a uma hérnia de disco que adquiri, mas não tá vindo. É ruim, essa bolsa que eles mandam fica retraída, não adere à pele, que fica irritada, cria ferimento. Esperamos que o problema seja resolvido”, destacou Maria do Socorro.
(Fotos: Maricelio Almeida/MH)
A mesma dificuldade é enfrentada por Cleide da Silva. Ela precisa da bolsa há sete anos, também em virtude de um câncer no reto. “Essa que estão enviando não fixa, não cola bem, termina se soltando, causando vários transtornos. Eu fui fazer um exame no hospital e a bolsa soltou, não tinha outra para substituir, por isso estamos fazendo esse movimento, para que o Governo se sensibilize e mande nossas bolsas, de acordo com a necessidade de cada um”, disse.
Outro problema denunciado no protesto desta manhã é a ausência de envio de bolsas infantis, causando preocupação entre os pais de crianças ostomizadas. A pequena Lara Vitória, de um ano e cinco meses, é uma das quatro crianças da cidade que enfrentam essa dificuldade.
“É ruim, porque temos que trocar e a gente não tem condições de comprar, só uma custa R$ 35. As vezes ela se arrasta, descola, tira, tem que trocar todo dia. Não sei como a gente vai conseguir. Fica difícil, né?”, declara Kaline Dantas, mãe da pequena Lara Vitória.
Governo
De acordo com o Governo do Estado, as bolsas distribuídas para todo Estado são as que estão disponíveis em estoque e estão sendo adquiridas através de "caronas" em licitações de outros estados. “Para aquisição de novos insumos, está sendo finalizado um processo licitatório, através de pregão eletrônico”, acrescentou a Secretaria de Estado as Saúde Pública (SESAP).
Solidariedade
Diante das dificuldades, o Grupo de Assistência à Família Ostomizada convoca à população a ajudar os usuários. Segundo a assistente social Inês Medeiros, uma das fundadoras do grupo, quem quiser colaborar pode procurá-la pela manhã, no Hospital da Polícia Militar. “São pessoas carentes que precisam da ajuda da sociedade. Nos procurem no Hospital da Polícia, pela manhã, que a gente leva vocês até as pessoas que estão necessitando”, afirmou.
Ela também fez um balanço da ação deste sábado, que contou ainda com a presença de voluntários da Faculdade de Enfermagem e de Medicina Nova Esperança (FACENE) prestando serviço de verificação de pressão e glicemia. “Estamos aqui também para desmistificar o preconceito, tanto do próprio ostomizado, que muitas vezes se sente envergonhado de sair, porque quando chega nos locais não há banheiros adaptados para a troca das bolsas, quanto da sociedade em aceitar o ostomizado como um deficiente físico, com seus plenos direitos. Eles têm o mesmo direito do cadeirante, surdo, cego, mas como não é uma deficiência visível, esses direitos não são respeitados”, concluiu.
O que é a Ostomia?
A ostomia é uma intervenção cirúrgica que permite criar uma comunicação entre o órgão e o exterior, com a finalidade de construir um novo trajeto para saída das fezes e da urina ou para entrada de alimentos e medicações.
Nogueirão
Ainda na manhã deste sábado, na Praça do Pax, foi realizado um protesto por torcedores e atletas mossoroenses reivindicado melhorias no Estádio Manoel Leonardo Nogueira, o “Nogueirão”, que foi interditado pelo Corpo de Bombeiros recentemente.
“Nosso objetivo é chamar atenção das autoridades para que possam rever a situação do Nogueirão. Estamos pedindo condições mínimas de segurança, conforto. Não se deve ficar só no paliativo, é preciso que sejam tomadas medidas corretivas, para que nós torcedores, atletas, sejamos beneficiados”, resumiu Saulo Rodrigues.
Conforme já relatado pelo MOSSORÓ HOJE, os cerca de 130 usuários da cidade estão há cerca de um ano recebendo praticamente um mesmo tipo de bolsa, que não atende às necessidades específicas de cada ostomizado, conforme preconiza o Ministério da Saúde. É o caso, por exemplo, de Maria do Socorro.
Há 11 anos, ela foi acometida por um câncer no reto, e desde então precisa utilizar a bolsa. No entanto, nos últimos meses o material enviado pelo Governo do Estado não é o adequado. “A que eu preciso tem um cinto, devido a uma hérnia de disco que adquiri, mas não tá vindo. É ruim, essa bolsa que eles mandam fica retraída, não adere à pele, que fica irritada, cria ferimento. Esperamos que o problema seja resolvido”, destacou Maria do Socorro.
(Fotos: Maricelio Almeida/MH)
A mesma dificuldade é enfrentada por Cleide da Silva. Ela precisa da bolsa há sete anos, também em virtude de um câncer no reto. “Essa que estão enviando não fixa, não cola bem, termina se soltando, causando vários transtornos. Eu fui fazer um exame no hospital e a bolsa soltou, não tinha outra para substituir, por isso estamos fazendo esse movimento, para que o Governo se sensibilize e mande nossas bolsas, de acordo com a necessidade de cada um”, disse.
Outro problema denunciado no protesto desta manhã é a ausência de envio de bolsas infantis, causando preocupação entre os pais de crianças ostomizadas. A pequena Lara Vitória, de um ano e cinco meses, é uma das quatro crianças da cidade que enfrentam essa dificuldade.
“É ruim, porque temos que trocar e a gente não tem condições de comprar, só uma custa R$ 35. As vezes ela se arrasta, descola, tira, tem que trocar todo dia. Não sei como a gente vai conseguir. Fica difícil, né?”, declara Kaline Dantas, mãe da pequena Lara Vitória.
Governo
De acordo com o Governo do Estado, as bolsas distribuídas para todo Estado são as que estão disponíveis em estoque e estão sendo adquiridas através de "caronas" em licitações de outros estados. “Para aquisição de novos insumos, está sendo finalizado um processo licitatório, através de pregão eletrônico”, acrescentou a Secretaria de Estado as Saúde Pública (SESAP).
Solidariedade
Diante das dificuldades, o Grupo de Assistência à Família Ostomizada convoca à população a ajudar os usuários. Segundo a assistente social Inês Medeiros, uma das fundadoras do grupo, quem quiser colaborar pode procurá-la pela manhã, no Hospital da Polícia Militar. “São pessoas carentes que precisam da ajuda da sociedade. Nos procurem no Hospital da Polícia, pela manhã, que a gente leva vocês até as pessoas que estão necessitando”, afirmou.
Ela também fez um balanço da ação deste sábado, que contou ainda com a presença de voluntários da Faculdade de Enfermagem e de Medicina Nova Esperança (FACENE) prestando serviço de verificação de pressão e glicemia. “Estamos aqui também para desmistificar o preconceito, tanto do próprio ostomizado, que muitas vezes se sente envergonhado de sair, porque quando chega nos locais não há banheiros adaptados para a troca das bolsas, quanto da sociedade em aceitar o ostomizado como um deficiente físico, com seus plenos direitos. Eles têm o mesmo direito do cadeirante, surdo, cego, mas como não é uma deficiência visível, esses direitos não são respeitados”, concluiu.
O que é a Ostomia?
A ostomia é uma intervenção cirúrgica que permite criar uma comunicação entre o órgão e o exterior, com a finalidade de construir um novo trajeto para saída das fezes e da urina ou para entrada de alimentos e medicações.
Nogueirão
Ainda na manhã deste sábado, na Praça do Pax, foi realizado um protesto por torcedores e atletas mossoroenses reivindicado melhorias no Estádio Manoel Leonardo Nogueira, o “Nogueirão”, que foi interditado pelo Corpo de Bombeiros recentemente.
“Nosso objetivo é chamar atenção das autoridades para que possam rever a situação do Nogueirão. Estamos pedindo condições mínimas de segurança, conforto. Não se deve ficar só no paliativo, é preciso que sejam tomadas medidas corretivas, para que nós torcedores, atletas, sejamos beneficiados”, resumiu Saulo Rodrigues.