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ESTADO
Por Valéria Lima
25/11/2016 08:00
Atualizado
13/12/2018 11:58

Prazo para entrega da adutora de Caicó preocupa Semarh

Quatro cidades do Seridó estão sendo abastecidas pelo Mãe D’água/Coremas, na PB, que devem estar secos em fevereiro – mesma previsão para conclusão da adutora de engate rápido
Rivanildo Júnior/Blog Sidney Silva
Foi dada a largada para a construção da adutora de engate rápido, que levará água para as cidades de Caicó, São Fernando, Timbaúba dos Batistas e Jardim de Piranhas, cidades que mais sofrem com a falta de água no Seridó. A estimativa do governo é que a obra seja finalizada em fevereiro de 2017.

Em meio a isso, a Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), demonstra preocupação com o prazo de entrega da adutora porque o complexo Mãe D’água/Coremas, na Paraíba, que abastece as cidades, está em situação crítica e, deve estar totalmente seco, também em fevereiro do ano que vem.

A tubulação da adutora de Caicó começou a ser instalada nesta quinta-feira, 24. A obra, que terá 63,3 quilômetros de extensão, está sendo executada pelo Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (Dnocs) e custará R$ 42 milhões aos cofres do Governo Federal.

Atualmente, o Rio Grande do Norte é um dos estados que mais sofre com a estiagem prolongada pelo quinto ano consecutivo. O maior reservatório do Estado, a Barragem Engenheiro Armando Ribeiro, em Assú, atingiu marca histórica de 18% de seu volume, que é de 2,4 bilhões de metros cúbicos. O açude Itans, principal reservatório de Caicó, está seco.


De acordo com o secretário Mairton França, a adutora emergencial de Caicó vai captar água da Barragem Armando Ribeiro Gonçalves, que mesmo em situação crítica, deve suportar a retirada de água.

“A gente não tem certeza, até o mês de fevereiro, que é a previsão que o Dnocs nos deu para concluir a obra, se o ponto de captação que está no projeto vai estar realmente apto”, explicou o secretário.

Pensando nisso, a Semarh já tem uma solução. Segundo Mairton, caso o ponto de captação, previsto no projeto inicial, não esteja apto até o fim da obra, pode-se estender o posicionamento do flutuante e ‘pegar’ água um pouco mais à frente.

“Esse não é o maior problema. A maior preocupação hoje nossa é sobre o prazo, porque hoje, Caicó, São Fernando, Timbaúba dos Batistas e Jardim de Piranhas são abastecidos pela água do Rio Piranhas, que vem lá do complexo de barragens de Mãe D’água/Coremas (na Paraíba). Coremas já está seco, já passou do volume morto e Mãe D’água está com apenas 5%, em volume morto. Então, Mãe D’água sobrevive apenas até fevereiro do ano que vem, depois disso só com chuva, e com chuva no local certo, ou seja, é muito problemático”, detalhou o secretário. 

De acordo com França, a Agência Nacional de Águas (ANA) ampliou a fiscalização no trecho de Mãe D’água/Coremas até a captação da adutora Manoel Torres, que fica em Jardim de Piranhas.

“E a gente conseguiu com esse trabalho de fiscalização da ANA, melhorar bastante a vazão ali na entrada da água no Rio Grande do Norte, a água já subiu 30 centímetros, isso é muito bom porque nos dá esperança de retomarmos o abastecimento de Caicó o mais rápido possível”, declarou o secretário.

Para amenizar os efeitos da seca em Caicó, o Governo do Estado está enviando atualmente cerca de 180 mil litros de água, em caminhões-pipas, para abastecer os moradores da cidade. Novos poços artesanais serão perfurados e os antigos estão passando por teste de vazão.

“Na semana que vem começaremos a instalar poços na zona urbana de Caicó para tentar atender o melhor possível, em meio as dificuldades enormes que estamos tendo principalmente pela crise hídrica, atender a população”, concluiu Mairton. 

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