“A cidade está sem cor”. É assim que a mossoroense Joyce Gabriela resume o clima em Chapecó nesta terça-feira, 29 de novembro. Pelas ruas do município, que possui pouco mais de 200 mil habitantes, a alegria que antes transbordava na população pela campanha meteórica do clube Chapecoense hoje cedeu espaço para o luto, compartilhado por todo o Brasil.
“As pessoas aqui não são só torcedoras, mas sim uma verdadeira família Chapecoense, então é como se cada um tivesse perdido alguém de sua família. O clima é luto, a cidade está sem cor. Pelas ruas, a gente vê as pessoas chorando, muito, muito triste”, relatou Joyce, que mora em Chapecó há 11 meses, trabalhando na área de telefonia.
Segundo a jovem, antes da tragédia a euforia da população com as seguidas conquistas do clube era contagiante. “Não dá nem para explicar a alegria que as pessoas estavam sentindo, até mesmo eu que não sou daqui estava muito feliz, era entusiasmante, de uma hora para outra tudo mudou”, contou.
Joyce mora há uma quadra da Arena Condá, onde estão reunidos torcedores, familiares e amigos das vítimas do acidente aéreo ocorrido na Colômbia. “Hoje à noite vai ter uma movimentação e eu irei até lá. Estão todos reunidos à espera de qualquer notícia. Os jornais e rádio locais estão em luto geral”, destaca a mossoroense, relembrando que a tragédia também vitimou grandes nomes do jornalismo local.
A jovem revela ainda que as festividades de fim de ano no município foram canceladas, bem como as aulas e parte das atividades no comércio também foram suspensas. “Algumas lojas foram fechadas, só mesmo a indústria que não paralisou”, concluiu.
LEIA MAIS:
Avião com time da Chapecoense cai e deixa 76 mortos na Colômbia
Ex-atacante do Baraúnas Bruno Rangel estava no avião que caiu em Medelín
Corpos dos brasileiros mortos serão transladados pelo Governo Federal
"O Baraúnas tá guardado no coração", disse Bruno Rangel antes de embarcar
Família confirma morte do potiguar Gil em acidente aéreo; "Deus nos conforte", diz irmão