21 SET 2024 | ATUALIZADO 18:26
ESTADO
Da redação
05/12/2016 16:50
Atualizado
13/12/2018 13:29

Prefeita afastada estava descontando parcelas de empréstimos dos servidores e não repassando ao BB

Valor total descontado e não repassado para o banco gira em torno de R$ 700 mil. Refere-se a todos os valores descontados nos meses de setembro, outubro e 90% dos servidores que tiveram salários pagos em novembro
Um número elevado de servidores da Prefeitura Municipal de Baraúna está indignado com a gestora Luciana Oliveira, afastada do cargo pela Justiça Federal e Estadual após denúncias fundamentadas que ela teria desviado, junto com auxiliares, mais de R$ 3,1 milhões.

Os servidores descobriram este mês que há pelo menos três meses a ex-gestora Luciana Oliveira estava descontando os valores referentes a empréstimos consignados e não repassando ao Banco do Brasil de Baraúna.

O valor total descontado dos servidores e não repassado para o banco gira em torno de R$ 700 mil. Refere-se a todos os valores descontados nos meses de setembro, outubro e 90% dos servidores que tiveram salários pagos em novembro.

Como não estava recebendo o repasse da Prefeitura referente ao valor do empréstimo consignado, descontado contracheque, o Banco do Brasil de Baraúna descontou de novo quando foi pagar os salários dos servidores.

Muitos dos servidores estão recomendados a fazerem Boletim de Ocorrência na Delegacia de Polícia Civil local e contratar advogados para acionarem a Justiça. Querem, além do valor descontado, indenizações por danos morais e materiais.

Procurado para falar sobre o assunto, a prefeita afastada por suspeita de corrupção não foi encontrada na cidade de Baraúna. O vice-prefeito Edson Barbosa, que está no cargo por força de decisão judicial há 3 dias, disse que ainda não tomou ciência total da situação.

O Banco do Brasil deve se pronunciar nesta terça-feira, 6, sobre o assunto. A princípio, o fato da Prefeitura ter descontado o valor do contracheque nos meses de setembro, outubro e novembro e não ter repassado para o banco já se configura apropriação indébida - roubo.

E o fato de o Banco ter descontado o valor de novo do servidor, pode também se configurar crime. De uma maneira ou de outra, os servidores que relataram os fatos querem os seus recursos de volta, assim dezenas de outros.

Obs: O MOSSORÓ HOJE conversou em off com 3 servidores da Prefeitura de Baraúna. Os três tiveram descontos duplos dos valores referentes aos empréstimos consignados. Eles pediram para não postar seus nomes.
 

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