Um ataque em uma igreja da comunidade negra de Charleston, na Carolina do Sul, nos Estados Unidos, deixou nove mortos na noite dessa quarta-feira (17). A polícia procura pelo autor dos tiros que, por volta das 22h (horário de Brasília), invadiu o templo religioso. Agentes do FBI e outros órgãos nacionais de segurança foram acionados.
De acordo com a polícia local, um homem branco - de aproximadamente 20 anos - invadiu a tradicional igreja da região quando acontecia um culto religioso. A principal suspeita é de “crime de ódio”. Segundo a rede “NBC”, um senador democrata estaria entre as vítimas. O reverendo Al Sharpton, líder de direitos civis em Nova York, tuitou que o senador Clementa C. Pinckney morreu no ataque.
Uma missa em homenagem as vítimas será realizada hoje e uma recompensa deve ser oferecida por informações que levem a captura do responsável pelos assassinatos.
Crime de ódio
“Havia oito mortos dentro da igreja. Duas pessoas foram transportadas para um hospital, mas uma delas não resistiu e morreu. Temos nove mortos”, disse o chefe de polícia de Charleston, Gregory Mullen. Ele afirmou que foi um “crime de ódio”.
Um homem foi visto sendo algemado e preso por policiais após o incidente, mas ainda não se sabe se ele era o autor dos disparos.
A Emanuel African Methodist Episcopal Church é uma das mais antigas igrejas da comunidade negra dos EUA. Denmark Vesey, um dos fundadores do templo, liderou uma revolta de escravos fracassada em 1822.
Tensão racial
O crime representa um novo golpe para a comunidade afro-americana nos Estados Unidos, que nos últimos meses foi vítima de crimes aparentemente motivados por racismo, em particular homicídios cometidos por policiais brancos contra homens negros desarmados.
A pré-candidata democrata Hillary Clinton, que participou na quarta-feira de um ato eleitoral na cidade, escreveu no Twitter: "Notícias terríveis de Charleston. Meus pensamentos e minhas orações estão com vocês".
Mike Huckabee, outro republicano que sonha com a candidatura à Casa Branca, também expressou pêsames.
A polícia americana divulgou imagens de câmeras de segurança que mostra o principal suspeita de cometer o ataque: