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POLÍTICA
Da redação
19/06/2015 09:06
Atualizado
13/12/2018 08:35

Itamaraty exige explicações sobre incidentes com senadores na Venezuela

O grupo de oito senadores foi à Venezuela para pressionar o governo do presidente Nicolás Maduro a libertar presos políticos e marcar eleições parlamentares
Internet

O clima esquenta entre o Brasil e a Venezuela. Não se trata do jogo decisivo na última rodada da fase de classificação da Copa Améria, que será realizado no próximo domingo (21), às 18h30 (horário de Brasília), no Estádio Monumental, em Santiago.

Dessa vez, os ânimos estão mais acirrados no campo diplomático. Uma comitiva de senadores brasileiros em visita à Venezuela foram cercados nesta quinta-feira (18) por manifestantes em Caracas. Por meio das redes sociais, os parlamentares relataram ter tido dificuldades para deixar o aeroporto da capital do país vizinho.

O grupo de oito senadores foi à Venezuela para pressionar o governo do presidente Nicolás Maduro a libertar presos políticos e marcar eleições parlamentares. De acordo com relatos de Aécio Neves (PSDB-MG), Ronaldo Caiado (DEM-GO) e Aloysio Nunes (PSDB-SP) pelo microblog Twitter e pelo Facebook, o grupo foi "sitiado".

Segundo o senador Aloísio Nunes Ferreira cerca de 200 pessoas atacaram o ônibus. “Jogaram pedras, deram pontapés no ônibus”, contou. Ele afirmou que apesar das agressões, ninguém está ferido e a polícia está garantindo a segurança dos parlamentares. Ainda segundo Nunes, o embaixador do Brasil já está ciente do episódio e entrou em contato com o governo venezuelano para garantir a integridade deles.

Deboche
O vice-presidente venezuelano, Jorge Arreaza, enviou uma mensagem pelo celular, ao líder oposicionista Leopoldo López, debochando a situação vivenciada pelos senadores brasileiros. O político venezuelano seria o primeiro a ser visitado pela comitiva brasileira.

O texto dá a entender que o bloqueio sofrido pelos parlamentares, quando estavam indo à capital venezuelana foi, como suspeitam os senadores, iniciativa do governo. " Se os senadores estãi aqui, é porque não têm muito trabalho por lá [no Brasil]. Assim, umas horas a mais ou a menos, dá no mesmo", diz o texto.

Inaceitáveis
O governo brasileiro lamentou, em uma nota do Itamaraty, os incidentes durante a visita da Comissão Externa do Senado a Caracas e classificou de "inaceitáveis" os ataques de manifestantes contra os parlamentares brasileiros.

"À luz das tradicionais relações de amizade entre os dois países, o Governo brasileiro solicitará ao Governo venezuelano, pelos canais diplomáticos, os devidos esclarecimentos sobre o ocorrido", diz o texto. Até o final dessa matéria, no entanto, o ministro das Relações Exteriores, Mauri Vieira, não havia conseguido falar com sua colega venezuelana.

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