29 NOV 2024 | ATUALIZADO 18:22
NACIONAL
Da redação
06/06/2017 03:56
Atualizado
13/12/2018 17:20

Henrique Eduardo Alves é preso em Natal pela Polícia Federal em mais uma etapa da Operação Lava Jato

Alvo da Operação Manus são os recursos desviados na construção do Arena das Dunas, durante o governo Rosalba Ciarlini, já identificado nas investigações do MPF e PF sobrepreço de R$ 77 milhões
A Polícia Federal, em conjunto com o Ministério Público Federal e a Receita Federal, deflagrou nesta manhã (6/6) a Operação Manus para apurar atos de corrupção ativa e passiva, além de lavagem de dinheiro envolvendo a construção da Arena das Dunas, em Natal/RN. Esta obra foi erguida durante o Governo Rosalba Ciarlini.

Leia mais

Arena das Dunas já causa prejuízo de R$ 77 milhões ao Governo do RN, aponta TCE

TCE aponta Rosalba como uma das responsáveis por irregularidades no Arena das Dunas

TCE constata que Arena das Dunas foi o estádio da Copa mais caro do Nordeste

Veja quem são os presos!

Prisão preventiva: Eduardo Cosentino Cunha, Henrique Eduardo Lyra Alves, Carlos Frederico Queiroz Batista da Silva, Erika Montenegro Nesi e Matheus Nesi Queiroz.
 
Condução coercitiva: George Wilde Silva de Oliveira, Arturo Silveira Dias de Arruda Câmara, Raline Maria Costa Bezerra, José Eurico Alecrim Filho, João Gregório Júnior e Jaime Mariz de Faria Júnior

O sobrepreço identificado chega a R$ 77 milhões. Deste valor, pelo menos R$ 7,15 milhões terminou com Henrique Eduardo Alves, segundo informa a Folha de São Paulo. Relatório do TCE que aponta irregularidades com sobrepreço de quase meio bilhão no Arena das Dunas AQUI


Fonte: Tribuna do Norte
 
Cerca de 80 policiais federais cumpriram 33 mandados judiciais, sendo 5 mandados de prisão preventiva, 6 mandados de condução coercitiva e 22 mandados de busca e apreensão nos estados do Rio Grande do Norte e Paraná. Entre os presos, está o ex-ministro do governo Temer e também do governo Dilma, Henrique Eduardo Alves.

No momento da prisão, Henrique Alves é xingado de "ladrão, safado" por populares



Além de Henrique Alves, a Polícia Federal conduziu o publicitário Arturo Arruda, da Agência Art e C, com ordem coercitiva; o ex-tesoureiro de campanha de Henrique Alves, Eurico Alecrim, também com ordem coercitiva; e o empresário e atual secretário de Obras de Natal, Fred Queiroz, este com ordem de prisão.
 
A investigação realizada se iniciou após a análise das provas coletadas em várias das etapas da Operação Lava Jato, que apontavam solicitação e o efetivo recebimento de vantagens indevidas por dois ex-parlamentares cujas atuações políticas favoreceriam duas grandes construtoras envolvidas na construção do estádio.
 
A partir das delações premiadas em inquéritos que tramitam no STF e por meio de afastamento de sigilos fiscal, bancário e telefônico dos envolvidos, foram identificados diversos valores recebidos como doação eleitoral oficial, entre os anos de 2012 e 2014, que na verdade consistiram em pagamento de propina. Identificou-se também que os valores supostamente doados para a campanha eleitoral em 2014 de um dos investigados foram desviados em benefício pessoal.
 
Os investigados responderão, na medida de suas participações, pelos crimes de corrupção ativa e passiva, além de lavagem de dinheiro.
 
O nome da operação é referência ao provérbio latino "Manus Manum Fricat, Et Manus Manus Lavat", cujo significado é uma mão esfrega a outra, uma mão lava a outra.
 
Haverá coletiva, às 10h, na sede da Superintendência da PF no bairro de Lagoa Nova, localizada na Rua Dr. Lauro Pinto,155 - Lagoa Nova - Natal/RN

Da Assessoria da Polícia Federal RN

Atualizada às 15h03

Notas

Publicidades

Outras Notícias

Deixe seu comentário