"Quando cheguei fui tratado como ser humano", diz ex-presidiário hoje funcionário da APAC Macau
Álvaro Neto cumpriu 16 anos de reclusão em 4 presídios do Estado e por última na APAC Macau. Após cumprir sua pena, foi convidado para trabalhar na unidade no setor de segurança, onde está até hoje.
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O projeto "Documentário APAC Macau", produzido pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte, foi o vencedor no 15º Prêmio Nacional de Comunicação e Justiça, como melhor vídeo institucional. A premiação aconteceu na sexta-feira, 30, em Alagoas.
O documentário conta a história dos presos detidos na Associação de Proteção e Assistência a Condenados (APAC), em Macau. O órgão, tendo como responsável a Secretaria de Cidadania e Justiça do Estado, tem 7 anos de funcionamento.
Considerado como modelo para o sistema de ressocialização, a APAC funciona de forma totoalmente diferente dos presídios convencionais.
No vídeo produzido pelo TJRN, o preso Fernando Avelino, condenado a 8 anos de reclusão, afirma que na APAC os presos estudam. "Aqui ninguém usa droga, todo mundo só faz estudar. É todo mundo de boas, todos irmãos", afirmou Fernando.
A esposa de Fernando, Joana Araújo, disse que notou a mudança de comportamento do marido depois que ele foi transferido para a APAC de Macau.
"Antes ele era estressado, reclamava, era uma pessoa totalmente diferente, agora ele se preocupa mais, tem mais paciência, é mais humilde, por isso, que eu acreditei de trazer ele pra cá", disse Joana.
Outra história de vida emocionante é a de Álvaro Neto, que cumpriu pena de 16 anos de prisão em quatro presídios e por último na APAC. Ele já cumpriu sua pena e hoje voltou à APAC como funcionário. Trabalha no setor de segurança e disciplina da unidade.
"A APAC era muito mais do que eu esperava. Logo quando eu cheguei que eu passei pelos portões dessa APAC, eu já vi a diferença, eu já fui tratado como um ser humano", comentou.