O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, autorizou a abertura de inquérito para investigar o deputado federal Rogério Marinho (PSDB-RN) por lavagem de dinheiro na campanha para prefeiro de Natal em 2012.
A investigação contra Rogério Marinho começou quando o empresário Domingos Sávio da Costa Souza disse à Polícia Federal que Marinho deve R$ 1 milhão a ele por serviços prestados na campanha de 2012.
Domingos foi um dos alvos da Operação Manus, que prendeu o ex-ministro Henrique Eduardo Alves, em junho de 2017. Nesta operação, Alves é investigado por recebimento de propina na construção da Arena das Dunas.
As empresas de Sávio prestaram serviços a Henrique Alves na campanha de 2014 para governador do Estado. Os escritórios foram alvos de busca e apreensão.
Nos documentos, referentes ao ex-ministro, os policiais federais acabaram encontrando documentos que citavam Rogério Marinho.
O relatório da PF apontou que em um dos arquivos apreendidos constam gastos de R$ 1,9 milhões na campanha de Marinho para prefeito de Natal. Segundo o TSE, naquele ano, foram registrados apenas R$ 499 mil.
Sávio foi chamado para depor e revelou à PF que Marinho lhe deve R$ 1,5 milhão em serviços que foram prestados e não foram pagos. O valor que foi pago pelo deputado teria sido entregue, segundo a PF, pelo ex-vereador e assessor do candidato, Emilson Medeiros.
Rogério Marinho não se pronunciou sobre a investigação.