Ao analisar que 89,2% dos eleitores do RN estão alheios ao processo político 2018 (pesquisa FM 98.9/Consult), a presidente da Câmara Municipal de Mossoró, Izabel Montenegro (MDB), demonstrou preocupação com o resultado das eleições deste ano, em pronunciamento na sessão desta terça-feira (13).
“Uma pesquisa mostra que 89,2% não querem votar nos políticos que estão aí, a maioria ‘satanizados’ pela opinião pública. Isso nos leva a pergunta: que monstro vai sair das urnas em 2018? Ninguém sabe. Porque corre risco de saírem falsos profetas, falsos salvadores da pátria. Temos que ter cuidado”, ponderou.
A vereadora aconselhou não votar no “novo pelo novo”, inclusive, na cidade de Mossoró, que teve problemas nesse sentido, nos últimos anos, segundo ela. “Deputado estadual, que teve 12 mil votos e sequer cumpriu uma promessa de uma emenda de R$ 30 mil para o Instituto Amantino Câmara”, exemplificou.
Izabel defendeu que o eleitor conheça a história e o serviço prestado dos candidatos, a fim de fazer um julgamento do trabalho, e não apenas rejeitá-los pelo simples fato de já ter mandato. “Isso de ficarem generalizando defeitos em políticos está equivocado. Por isso, as eleições 2018 amedrontam”, justifica.
Fórum
Outro assunto abordado pela parlamentar, na tribuna, hoje, foi a ideia dela de lançar o fórum em favor de Mossoró, a fim de discutir novas vocações econômicas para o município. A intenção é unir diversos organismos para traçar um novo planejamento econômico para a cidade nos próximos anos.
“Mossoró não pode viver eternamente da fruticultura, do sal, que são atividades sazonais, e ficar na esperança do petróleo e gás. Precisamos de mais. Cadê o distrito industrial? Cadê a Porcelanatti, o polo cerâmico?”, questiona a vereadora.
Izabel Montenegro citou o exemplo dos municípios pernambucanos de Toritama (PE), que emprega quase 30 mil pessoas no polo de jeans, e Santa Cruz do Capibaribe, que gera 18 mil empregos na fábrica de sulanca.
“Por que não outra vocação econômica para Mossoró? Precisamos deixar as bandeiras políticas de lado e nos unir por um novo planejamento da economia de Mossoró”, conclamou.