18 ABR 2024 | ATUALIZADO 17:41
POLÍTICA
Da redação
17/07/2015 11:55
Atualizado
14/12/2018 08:15

Deputados devem pedir afastamento de Eduardo Cunha

Após anúncio de rompimento com o governo, deputados aliados vão pedir o afastamento de Eduardo Cunha da presidência da casa. Segundo eles, Cunha não tem condições morais de continuar no comando da Casa.
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Logo após o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), anunciar nesta sexta-feira (17) seu rompimento político com o Palácio do Planalto, o vice-líder do governo na Câmara os Deputados Silvio Costa (PSC-PE) e Ivan Valente (PSOL-RJ) pedirão o afastamento temporário de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) do cargo de presidente da Câmara. Segundo eles, Cunha não tem condições morais de continuar no comando da Casa.

"Toda vez que um ministro é acusado, a primeira providência que o parlamento toma é pedir o afastamento do ministro. A primeira providência que estou tomando é pedir o afastamento temporário do Eduardo Cunha enquanto a Operação Lava Jato não for concluída”, disse Silvio Costa.

Costa explicou que, no caso, vai atuar como parlamentar e não como vice-líder do governo. O afastamento será enquanto durarem as investigações da Operação Lava Jato, em que Cunha teve o nome envolvido. “Do ponto de vista legal, Cunha tem a seu favor a presunção da inocência, mas do moral, perdeu as condições de ocupar a presidência.”

“Vou verificar do ponto de vista jurídico, para ver se cabe pedido de impeachment do presidente da Casa”, anunciou. Na mesma linha de Silvio Costa, o deputado Ivan Valente afirmou que acreditar que Cunha não tem mais “condições” de comandar a Câmara.

“Nesse momento, fica claro que ele não tem mais condições de representar a instituição. Como é que ele vai hoje em cadeia nacional de rádio e TV fazer um balanço de sua gestão quando pesam contra ele graves acusações”, questionou o parlamentar do PSOL, citando o pronunciamento que o peemedebista fará na noite desta sexta, para apresentar à população um resumo de seu primeiro semestre como presidente.

O peemedebista teria recebido US$ 5 milhões em propina para viabilizar um contrato de navios-sonda da Petrobras para a empresa Toyo Setal, segundo denúncia feita pelo empresário Júlio Camargo em depoimento ontem (16) ao juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, responsável pelas investigações da Operação Lava Jato.

Em uma avaliação preliminar sobre as declarações de Cunha, o líder do governo, Delcídio do Amaral (PT-MS), disse que a opinião do presidente da Câmara não pode ser confundida com a do PMDB. "Pelo o que eu senti é uma decisão pessoal que a gente precisa respeitar. Uma coisa é ele ter tomado uma decisão pessoal outra coisa é um posicionamento do PMDB, que é algo muito maior.  O PMDB tem muitos líderes tanto na Câmara como no Senado e tem o vice-presidente da República [Michel Temer], que é o grande líder do PMDB, além de ser o presidente do partido também", disse.

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