O acusado de assaltos, tráfico de drogas, formação de quadrilha, entre outros crimes, Alan Carlos da Costa Lulcas, o Alan Gato, de 23 anos, pegou 12 anos de prisão, que deve ser cumprido, inicialmente, em regime fechado.
O julgamento terminou no início da tarde desta quarta-feira, 4, no Fórum Municipal Desembargador Silveira Martins, sob a presidência do juiz criminal Vagnos Kelly Figueiredo de Medeiros.
Na defesa, o advogado Wellington Barreto, e na acusação o promotor de Justiça Italo Moreira Martins. Os trabalhos começaram de 8h30, com sorteio dos sete membros do Conselho de Sentença.
Alan Gato foi levado ao banco dos réus pelo assassinado do jovem Maximiliano Fernandes da Silva, (na época com 19 anos), crime este ocorrido no dia 17 de dezembro de 2014, no sídio Riachinho, zona rural de Mossoró.
O Conselho de Sentença reconheceu, mediante os argumentos apresentados pelo promotor de Justiça Italo Moreira Martins, que Alan Gato derrubou a porta da casa de Max e o matou em seguida com seis tiros.
O crime foi praticado por volta de 23 horas na frente da mulher de Max, que reconheceu Alan Gato pelo porte físico e pela voz. Ele usava capacete para esconder o rosto e chegou a casa se passando por policial.
O motivo do crime era uma banal disputa entre os Bairros Ouro Negro e Aeroporto II. Alan Gato, quatro dias antes do crime, durante um evento festino no Junior Bar, já havia ameaçado Max, inclusive teria citado que era fácil.
Durante os debates, o promotor Ìtalo Moreira Martins demonstrou aos jurados que o crime foi praticado por motívo fútil e mediante recursos que dificultou a defesa da vítima, ou seja, homicidio duplamente qualificado.
Já o advogado Wellington Barreto trabalhou fortemente a tese de negativa de autoria. Explorou contradições das provas testemunhas e criticou duramente a falta de prova material que condenasse o réu Alan Gato.
Ao final dos debates, que teve réplica e tréplica, o Conselho de Sentença, em Sala Secreta, decidiram por aceitar a tese do promotor Ítalo Moreira, para condenar Alan Gato pelo assassinato do jovem Max, a pena de 12 anos de prisão, inicialmente em regime fechado.
A defesa informou que vai recorrer da sentença. O promotor de Justiça Italo Moreira destaca que a Justiça foi feita.