28 MAR 2024 | ATUALIZADO 18:35
POLÍCIA
Da redação
04/05/2018 06:27
Atualizado
13/12/2018 17:17

Vigário-geral da Diocese de Mossoró fala sobre intolerância religiosa; veja vídeo

Na palestra, o padre Flávio Augusto mostrou o que seria a raiz dos atritos entre pessoas, famílias e comunidades que terminam em assassinatos
Na manhã desta quarta-feira, dia 2 de maio de 2018, foi julgado pela sociedade mossoroense, no Fórum Municipal Desembargador Silveira Martins, o servente de pedreiro Alan Carlos Soares Xavier, de 36 anos, por ter matado o vizinho Allan Robson da Silva, em fevereiro de 2012, no Bar das Primas, no bairro Santo Antônio, perto de onde moravam, em Mossoró-RN.

Motivo do crime: A vítima teria batido na cachorra do acusado. Em seu depoimento, o réu falou que a vítima também teria matado o galo de um primo. Por estes motivos, cometeu o assassinato.

A intolerância, segundo o padre Flávio Augusto, vigário-geral da Paróquia de Santa Luzia, em Mossoró, é a raiz dos conflitos entre as pessoas, entre as famílias e entre as comunidades. Para ele, o diálogo é sempre o melhor caminho objetivando a paz.

Nesta quarta-feira, dia 2 de maio, o padre Flávio Augusto ministrou palestra na Loja Maçônica Liberdade 33, que fica localizada no bairro Nova Betânia, a convite do médico e venerável mestre Francisco Diego Dantas, em sessão magna branca. Na ocasião, o vigário geral discorreu sobre a intolerância como raiz dos conflitos entre os seres humanos.

Flávio Augusto lembrou que 200 anos antes da era Cristã a intolerância já motivava assassinatos brutais. Em sua fala, enfatizou que durante o tempo que cristo viveu na terra, a intolerância também figurou como raiz de assassinatos, portanto, a intolerância que mata nos dias atuais tem o “DNA” de nossos antepassados, do princípio das civilizações.

O convite da maçonaria para o padre Flávio Augusto ministrar uma palestra sobre a intolerância, segundo Francisco Diego Dantas, coincide com um dos objetivos pregados na maçonaria, ou seja, buscar meios de convivência social mais brando, norteados pela tolerância e a compreensão, onde as pessoas possam conviver em comunidade com mais amor e em paz.

No Brasil, o número de homicídio por ano já ultrapassa a casa dos 65 mil, o equivalente a população do município Assu dizimada num período de 12 meses. No Rio Grande do Norte, o número de condutas violentas letais e intencionais já se aproxima de 2,5 mil ao ano. Em Mossoró, o cenário é igualmente de guerra urbana, tendo sido registrado 164 assassinatos em 2015, 217 em 2016, 249 em 2017 e este ano de 2018 já foram registradas 97 ocorrências, onde em sua grande maioria teve o fator intolerância como fio condutor do assassinato.

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