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MUNDO
Da redação
01/10/2018 15:31
Atualizado
13/12/2018 09:22

Separatistas protestam na Catalunha um ano após referendo

Bandeiras do movimento separatista foram levantadas, à medida que uma multidão chegava à Praça da Catalunha para o protesto
Milhares de pessoas participaram nesta segunda-feira de uma manifestação no centro de Barcelona, para marcar o aniversário de um ano do referendo separatista da Catalunha, considerado ilegal pela Justiça espanhola.

Bandeiras do movimento separatista foram levantadas, à medida que uma multidão chegava à Praça da Catalunha para o protesto. Organizada por organizações separatistas que pedem o reconhecimento do referendo pelo governo espanhol, a marcha avançava aos gritos de "independência" e "1º de outubro, nem esquecido e nem perdoado", pedindo a saída de Quim Torra, o atual presidente da região autônoma.

Convocados pelos Comitês de Defesa da República (CDR), os manifestantes desejavam mostrar a dimensão do movimento separatista nas ruas de Barcelona, num momento em que muitos de seus líderes estão presos ou abrigados no exterior.

— Lembro de 1º de outubro com dor e orgulho pelo que conseguimos, mas também decepcionada, já que não cumpriram o que foi prometido — relatou Ana Sarabia, de 48 anos.

Além de bloquear uma série de ruas de Barcelona, os grupos favoráveis à separação unilateral de Madri também impediram a mobilidade dos trens de alta velocidade que ligam a Espanha à França e o fluxo de veículos nas estradas.

OPINIÕES DIVERSAS
A Catalunha sofreu a intervenção do governo espanhol, que destituiu o governo regional depois de as autoridades locais realizarem o referendo e declararem a independência no ano passado. Depois disso, eleições regionais permitiram que partidos separatistas voltassem ao poder.
Pesquisas feitas no território espanhol mostram uma divisão entre os que desejam permanecer vinculados à Espanha e os que anseiam pela independência. Os protestos ocorridos nesta segunda são uma demonstração de que o movimento separatista não foi derrotado, de acordo com Marçal Mata, um operário de 57 anos.

— O movimento não acabou naquele dia. E, embora neste momento as pessoas do mundo não prestem atenção em nós, ainda assim seguiremos — declarou o trabalhador.
Enquanto passeava com o seu cachorro, María del Mar Lladró, de 55 anos, comentou não ser a favor do movimento separatista, e que outras pessoas que pensam como ela são ignoradas.

— Somos muitos, mas não fazemos muito barulho. Poderiam nos mostrar também — disse.

Com informações da Agência O Globo

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