16 ABR 2024 | ATUALIZADO 16:13
NACIONAL
PAULA LABOISSIÈRE, DA AGENCIA BRASIL
28/01/2019 14:19
Atualizado
28/01/2019 15:10

Brumadinho: Número de mortos chega a 60 e ainda existem 292 pessoas desaparecidas

382 pessoas foram localizadas, e 191 foram resgatadas; Dos 60 mortos, 19 foram identificados até o momento. Há ainda 135 pessoas desabrigadas; Chances de encontrar vivos são mínimas, informa Bombeiros
Resgate dos corpos estão acontecendo devagar, com helicópteros e muitos voluntários procurando; Mais de 130 homens de Israel já estão operando na região com tecnologia em busca dos 292 ainda desaparecidos
FOTO ADRIANO MACHADO REUTERS

O número de mortos após o rompimento de uma barragem da mineradora Vale em Brumadinho subiu para 60, segundo informações divulgadas há pouco pela Defesa Civil de Minas Gerais.

De acordo com o porta-voz do órgão, tenente-coronel Flávio Godinho, 382 pessoas foram localizadas, e 191 foram resgatadas e 292 permanecem desaparecidas. Dos 60 mortos, 19 foram identificados até o momento. Há ainda 135 pessoas desabrigadas.

Durante coletiva de imprensa, o porta-voz do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais, tenente Pedro Aihara, lembrou que o tipo de atuação realizada pelas equipes de busca e resgate é bastante delicada, já que envolve milhões de metros cúbicos de rejeito.

A previsão, segundo ele, é que os homens permaneçam no local por semanas. As chances de encontrar sobreviventes, entretanto, são consideradas baixas. 

“As chances são muito pequenas considerando o tipo de tragédia, que envolve lama”, disse, ao explicar que os rejeitos dificilmente permitem a formação de bolsões de ar. “É uma operação de guerra, que demanda esforços e compreensão de todas as partes”, concluiu.


Equipes localizam segundo ônibus 

As equipes de busca que trabalham em Brumadinho (MG), onde uma barragem da mineradora Vale se rompeu, localizaram um segundo ônibus submerso em meio à lama de rejeitos.

O acesso ao local, entretanto, ainda não é possível. “Não temos confirmação do número de mortos que vamos encontrar no interior desse veículo”, informou o porta-voz do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais, tenente Pedro Aihara.

Segundo ele, uma vez que o acesso ao ônibus for aberto, as equipes precisam estabilizar o local com tapumes e fazer o escoramento correto para só então dar início à retirada das vítimas.

“Se não, no momento em que a gente está acessando, pela própria característica da lama, às vezes, ela invade [o ônibus] e não possibilita o trabalho”, explicou. No último sábado (28), um primeiro ônibus foi encontrado soterrado na lama e sem sobreviventes. 

Ajuda israelense

De acordo com o tenente, militares israelenses que se juntaram às equipes de busca brasileiras devem se concentrar, num primeiro momento, na região próxima ao local onde ficava a área administrativa da Vale, atingida pelos rejeitos. Ele lembrou que a possibilidade de o refeitório da mineradora, entre outras estruturas, ter se deslocado quilômetros à frente é grande, em razão da força da lama. “Recebeu a onda de impacto mais forte”, disse.

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