18 ABR 2024 | ATUALIZADO 18:21
POLÍCIA
Da redação
17/08/2015 07:35
Atualizado
12/12/2018 12:52

Presos ficarão nos corredores durante reforma da Cadeia de Caraúbas

Unidade foi depredada durante rebelião na tarde de domingo (16). Segundo a diretora, os detentos serão realocados para que empresa execute a reforma dos pavilhões.
Cézar Alves

Os 163 detentos custodiados no Presídio Provisório Manoel Alves Pessoa Neto, em Caraúbas, deverão ficar em celas e corredores dos dois pavilhões até que a reforma seja concluída.

Isto por que três grades e diversos cadeados foram quebrados durante rebelião registrada na tarde de domingo (16) e que resultou em quatro mortes.

A informação foi repassada ao MOSSORÓ HOJE pela diretora da unidade prisional, Ivna Benevides, na manhã desta segunda-feira (17).

Segundo Ivna, “antes da rebelião, o presídio já se encontrava em reforma e, agora, vamos sentar com esta empresa para recuperar o que foi depredado durante o motim”.

Até a conclusão da obra, os presos do Pavilhão B deverão ser realocados em quatro celas, enquanto que os do Pavilhão A ficarão nos corredores.

“Os do Pavilhão A vão ficar nos corredores por que, antes da rebelião, duas celas já estavam interditadas para reforma, e agora, as demais celas tiveram as grades arrancadas. Já os do Pavilhão B vão ficar em quatro celas. Sabemos que é um local pequeno para o número de presos, mas é temporário”, comentou a diretora.

Indagada sobre a possibilidade de novos motins entre as facções para vingar as mortes dos companheiros, Ivna declarou que está tudo tranquilo, mas que pode mudar a qualquer momento.

“Sabemos que na cadeia tudo muda em segundos, mas até então está tudo tranquilo”, finalizou.

A rebelião registrada na tarde de domingo resultou na morte de quatro presos, e foi causada devido a rixa entre as facções Primeiro Comando da Capital (PCC) e Sindicato do RN.

As vítimas foram identificadas como Antônio Edigleisson Sousa, de 28 anos; Genilson Bezerra de Oliveira, de 36 anos; Gledstone Clementino Araújo, de 36 anos; e João Paulo Silva Dias, de 38 anos.

Eles faziam parte do Sindicato do RN e foram mortos com barras de ferro e objetos pontiagudos.

(Foto: Cézar Alves)

Nas paredes foram deixados vestígios da autoria do crime. Com o sangue das próprias vítimas foram escritos “1533 PCC”. Os números equivalem a ordem das letras ‘PCC’ no alfabeto.

Veja fotos e vídeo da rebelião no Presídio de Caraúbas

O caso será investigado em inquérito policial conduzido pelo delegado de Polícia Civil Erick Gomes, da Delegacia de Caraúbas.

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