01 NOV 2024 | ATUALIZADO 19:03
POLÍCIA
CEZAR ALVES, DA REDAÇÃO
05/02/2019 16:50
Atualizado
06/02/2019 18:21

Absolvido do caso Botinha será julgado por assassinato em Carnaubais

Ebinho e os comparsas neste crime, conforme relata o Ministério Público Estadual com base na investigação da Operação Abril Despedaçado foi mostrado no Fantástico, da Globo.
Ebinho foi absolvido do assassinato do vereador Manoel Botinha e também do mecanico Biano semana passada e nesta quarta-feira volta ao banco dos réus pelo assassinato do técnico de som Zoinho, em Carnaubais
FOTO: CEZAR ALVES

Julgado e absolvido pelo assassinato do vereador Manoel Ferreira Targino, o Manoel Botinha, e de tentar contra a vida de Francisco Adriano Bezerra Guilherme, de Assu, o agricultor Welber Veríssimo de Melo, o Ebinho, de 35 anos, volta ao banco dos réus nesta quarta-feira, 6, em Mossoró, para responder pelo homicídio do técnico de som Antônio Alves Sobrinho, o Zoinho, crime este planejado e executado, com requintes de crueldade, no dia 8 de junho de 2015, na zona rural de Carnaubais.

O Tribunal do Júri Popular de Mossoró absolveu Ebinho do assassinado do vereador  Manoel Botinha, de Assu, e de tentado contra a vida de Francisco Adriano Bezerra Guilherme, de Assu, semana passada, em Mossoró, num defesa muito bem trabalhada pelo advogado Hallrison Sousa Dantas.

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Ebinho e os comparsas neste crime, conforme relata o Ministério Público Estadual com base na investigação da Operação Abril Despedaçado foi mostrado no Fantástico, da Globo.

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Jallinson Veríssimo de Melo, o Jalin, de 26 anos, e Welber Veríssimo de Melo, o Ebinho, de 35 anos, segundo a Polícia Civil e a denúncia do Ministério Público Estadual, participaram diretamente da execução  de "Zoinho".

Neste caso do assassinato de Zoinho, segundo apurou a Polícia e narra o MPRN, teve a participação direta de Sérgio Tavares dos Santos, que já foi assassinado. O motivo, segundo a Polícia e o MPRN, foi vingança. 


Caso

Jalin e Ebinho convidaram via whatsApp a vítima Zoinho para o Bar de Brancosa, no Alto do Rodrigues. Depois de aceite o "convite", Jalin e Ebinho chamaram Sérgio Tavares, para o mesmo bar.

Zoinho chegou ao local de 12h e passou a beber com seus futuros assassinos.  De 12h30, Ebinho fala ao telefone com Sérgio Tavares. Sérgio chama Ebinho ao banheiro para conversar sem que a vítima ouvisse.

Ficou combinado que Ebinho manteria Zoinho no bar por mais algum tempo e Sérgio e Jalin planejaria o crime.  Em seguida, Ebinho deveria chamar Zoinho para ir ao sítio de Jalin, deixando claro que Ebinho deveria ir em seu carro e a vítima na motocicleta. Eles queriam ficar com a moto.

Este terminou acontecendo. Jalin avisou a Sérgio quando Ebinho e Zoinho chegaram.  De 14h50, Sergio avisa a Jalin, por telefone, que estava indo (de carro) buscar Zoinho para "darem fim longe", informando ainda que estava com duas armas de fogo.

Os três tomaram a moto de Zoinho e o botaram no carro de Sérgio Tavares.  "Colocaram-no dentro do veículo de Sérgio Tavares e o levaram para um matagal no município de Carnaubais. Chegando lá, Sérgio Tavares ceifou a vida da vítima com um disparo de arma de fogo na cabeça e se evadiu do local junto com Jalin e Ebinho", narra a peça do MPRN. 

O crime foi descoberto na Operação Abril Despedaçado, deflagrada no dia 10 de dezembro de 2015. O caso chegou a Justiça detalhado com datas e horários precisos. Zoinho foi executado por tentado matar Vitor, que é sobrinho de Sérgio Tavares.  

Ainda na denúncia do MP na Justiça, consta que Sérgio Tavares foi executado a tiros no dia 27 de julho de 2015, no Sítio São José, no Alto do Rodrigues, em situação misteriosa.

Por este motivo, não está junto com os irmãos Ebinho e Jalin sendo julgado pelo assassinato de Zoinho nesta terça-feira, 5, em Mossoró. 

O julgamento Ebinho, que estão presos em Apodi, está previsto de começar de 8h30 desta quarta-feira, 6, com o juiz presidente  dos trabalhos realizando o sorteio dos sete jurados.

Após o sorteio, caso exista testemunhas, estas serão ouvidas pelo juiz, promotor e advogados de defesa.  Não havendo, o réu será interrogado, podendo falar ou não.

No processo, Ebinho alega inocência, apesar da precisão das provas arroladas pela policia nas investigações e que estão sendo usadas pelo Ministério Público Estadual na denúncia. 

Em seguida começa os debates entre o Ministério Público Estadual (promotor Armando Lúcio Ribeiro) e o advogado de defesa (Hallrison Sousa Dantas).

Concluído os debates, o juiz faz a leitura da sentença conforme o que foi decidido pelo Conselho de Sentença na Sala Secreta.  Caso a sentença seja absolvitória, o réu será posto em liberdade, pois já foi julgado e absolvido do assassinato de Manoel Botinha e pela tentativa de homicidio contra Francisco Adriano, o Biano, de Assu.

No caso dos jurados entenderem que são culpados, os réus terão a prisão decretada e começa a cumprir pena na condição de condenado. 


O julgamento do caso Manoel Botinha já foi concluído. 

1) Itamar Veríssimo de Melo - condenado a 30 anos e 8 meses de prisão

2) Douglas Daniel Morais de Melo - condenado a 25 anos e 4 meses de prisão

3) Joelma de Morais Ferreira - condenada a 28 anos e 8 meses de prisão

4) José Roberto Nascimento da Silva - 33 anos e 4 meses de prisão

5) Valdete Veríssimo de Melo - absolvido

6) Jalisson Veríssimo de Melo - absolvido

7) Weber Veríssimo de Melo - Absolvido

8) Sérgio Tavares – assassinado 27 de julho de 2015 no Alto do Rodrigues.


Das telas do Cinema a vida real

O nome da Operação Abril Despedaçado é uma alusão ao filme do diretor Walter Salles, que aborda o conflito de terras entre duas famílias no interior nordestino do Brasil e o assassinato de membros dos grupos rivais. “Nesta região do RN, alguns homicídios ainda são praticados por criminosos que atuam em crimes de pistolagem.  

Presos na Operação Abril Despedaçado.

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