O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ, afirmou na quinta (21) em um telefonema ao ministro da Economia, Paulo Guedes, que a responsabilidade por conquistar votos para a reforma da Previdência, a partir de agora, será do presidente Jair Bolsonaro e não mais do parlamentar.
"Eu continuo ajudando. Sei que a reforma da Previdência é fundamental e não abro mão dela", afirmou o congressista. "E concordo com o presidente [Bolsonaro]: é preciso construir uma maioria de uma nova forma. Essa responsabilidade é dele", continuou. Os relatos foram publicados na coluna de Mônica Bergamo, do jornal Folha de S.Paulo.
Parlamentares se queixam de falta de diálogo com o Planalto. "Quando ele [Bolsonaro] tiver a maioria e achar que é a hora de votar a reforma, ele me avisa e eu pauto para votação. E digo com quantos votos posso colaborar", acrescentou Maia.
Declaração ocorre após o presidente da Câmara ter protagonizado desentendimento com o ministro Sérgio Moro, que cobrou-o pela tramitação do seu pacote anti-crime. Irritado, Maia disse que Moro era "funcionário de Jair Bolsonaro" e que seu projeto era um "copia e cola" da proposta apresentada pelo ex-ministro da Justiça e atual ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes.