08 NOV 2024 | ATUALIZADO 08:36
POLÍCIA
07/05/2019 12:48
Atualizado
07/05/2019 12:56

Juiz absolve policial rodoviário federal acusado de roubar dinheiro de preso

O Policial Rodoviário Federal havia sido acusado de ter furtado R$ 1.300 de um homem preso em flagrante, após mandado de busca e apreensão expedido pela Justiça Eleitoral. O magistrado entendeu que não há provas que mostrem que o dinheiro foi realmente furtado pelo policial
O Juiz Federal Walter Nunes da Silva Júnior fez duras críticas a atuação durante o cumprimento do mandado de busca e apreensão que resultou na denúncia.
FOTO: REPRODUÇÃO

O Juiz Federal Walter Nunes da Silva Júnior, titular da 2ª Vara Federal, absolveu o policial rodoviário federal acusado de, supostamente, ter furtado R$ 1.300 de um homem preso em flagrante, após mandado de busca e apreensão expedido pela Justiça Eleitoral.

O policial teve o nome preservado pelo magistrado que observou que o furto foi evidenciado pelas provas e testemunhas, mas não havia como provar que foi cometido pelo policial rodoviário federal denunciado.

“Como se constata, diante de tais narrativas, mostra-se duvidosa e desamparada do mínimo probatório a conclusão de que o acusado foi a única pessoa a entrar no quarto com possibilidade concreta de subtrair os valores respectivos da carteira do investigado”, analisou o Juiz.

Na sentença, o magistrado ainda fez duras críticas a atuação durante o cumprimento do mandado de busca e apreensão que resultou na denúncia.

“Uma investigação correta e profissional, não era, em tempo algum, para a equipe de policiais responsáveis pela execução da diligência aceitar que a presa fizesse parte da busca e muito menos permitir que ela encontrasse a carteira lançada em baixo da cama”.

E ainda acrescentou: “Fica difícil confiar na seriedade e lisura desse tipo de busca com a participação de quem não estava autorizada assim a agir, de quem deveria ficar distante, e não aceitar que ela tivesse atuação ativa nesse tipo de busca policial”, escreveu o magistrado.

Ele arrematou, ainda, que, infelizmente, existem crimes perfeitos, sim, pois isso resulta de investigação imperfeita.

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