19 ABR 2024 | ATUALIZADO 12:14
EDUCAÇÃO
17/05/2019 10:18
Atualizado
17/05/2019 10:21

Educação Inclusiva: alunas criam tabela periódica tátil para estudante cega

Laine Sousa e Aysla Ferreira são alunas do Centro Estadual de Educação Profissional Maria Rodrigues Gonçalves. A dupla desenvolveu o material para ajudar Jéssica Dayane, ao perceberem que a amiga não conseguia adquirir os conhecimentos apenas de forma empírica.
A ideia da dupla demostra a importância de atitudes que melhorem o acesso ao conhecimento, possibilitando a inclusão por meio da educação.
FOTO: CEDIDA

Duas aulas do Centro Estadual de Educação Profissional Maria Rodrigues Gonçalves, localizado em Alto do Rodrigues, adaptaram, com ajuda dos seus professores, a tabela periódica para que uma estudante cega pudesse acompanhar as aulas de química.

A ideia da dupla demostra a importância de atitudes que melhorem o acesso ao conhecimento, possibilitando a inclusão por meio da educação.

A iniciativa surgiu quando as alunas do ensino médio Laine Sousa, do curso de Sistema de Energias Renováveis, e Aysla Ferreira, do curso de Informática, perceberam que a estudante Jéssica Dayane não conseguia adquirir os conhecimentos apenas de forma empírica.

“A ideia surgiu ano passado, quando eu observei a dificuldade da Jéssica em entender a tabela periódica e, a partir disso, busquei uma maneira de possibilitar a compreensão dela, pois sabemos que é de grande necessidade de entender a tabela, visto que é base de entendimento de outras disciplinas”, explica Laine.

A tabela desenvolvida pelas aulas utiliza recursos táteis que facilitam a compreensão dos elementos químicos de forma lúdica. Ela foi produzida com botões e algodão, dessa forma, diferenciando os 118 elementos químicos existentes.

A estudante Jéssica Dayane afirma que a tabela vai contribuir para sua formação. “Eu fiquei muito feliz com a iniciativa. Vai me ajudar muito”, explica.

Além disso, Jéssica comemora por, finalmente, compreender de forma efetiva os conhecimentos adquiridos em sala de aula.

“Através do tato eu consigo conhecer os elementos químicos e com isso eu posso entender melhor o assunto”, enfatiza a estudante.

Para Suely Lima, supervisora de Assessoria em Educação Especial e Diversidade da 6ª Diretoria Regional de Educação e Cultura (Macau), após a Jornada Pedagógica, as ações estão sendo melhor desenvolvidas.

“Nessa visita foi dado algumas dicas e sugestões de como trabalhar com recursos táteis”, enfatiza a supervisora.

Gestores da DIREC e do centro de educação participaram do curso Práticas Pedagógicas para Inclusão da Pessoa com Deficiência Visual, promovido pelo Centro de Apoio Pedagógico para Atendimento às Pessoas com Deficiência Visual (CAP) em parceria com a Secretaria de Estado da Educação, da Cultura, do Esporte e do Lazer do RN por meio da Subcoordenadoria de Educação Especial (SUESP).


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