O Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN), campus Mossoró, conseguiu classificar 23 equipes para a etapa final da XI edição da Olimpíada Nacional em História do Brasil. O evento será realizado na Unicamp, em São Paulo, nos dias 17 e 18 de agosto.
Este ano a olimpíada teve a inscrição de 18.505 equipes, das quais 314 equipes foram classificadas para competir na fase final do evento.
De acordo com professor de história da instituição, Gerardo Junior, esta é a nona vez que os alunos do IFRN Mossoró chegam à final da olimpíada, conseguindo a classificação para a fase final desde a terceira edição do evento.
Ao todo já foram classificadas 131 equipes, que garantiram ao Instituto 13 medalhas de ouro, 12 de prata, 13 de bronze e, ainda, 66 menções honrosas.
“Apesar da Unicamp tentar evitar fazer um ranqueamento, de passar essa ideia de ‘ganhou’, visto que o processo do conhecimento histórico é mais importante do que o resultado final, nós já colecionamos 38 medalhas ao todo e mais de 60 menções honrosas nessas 8 edições que nós participamos”, contou Gerardo.
Thiago Gurgel Regis, conta que a preparação para a Olimpíada começa cedo, com revisões de questões anteriormente trabalhadas na olimpíada e também com a revisão do conteúdo de história como um todo.
“O processo de preparação começa em abril. O professor Gerardo nos coloca para ler textos e realizar atividades em equipe e quando começam as fases online da competição nós podemos dizer que é quando ‘o jogo começa’ e nós damos toda a nossa garra para chegar a fase final”.
O estudante do 4º ano do curso integrado de mecânica diz que a participação na olimpíada é importante, também para adquirir conhecimento para o Enem.
“A cada nova fase a gente fica apreensivo, mas todo o conhecimento que a gente vai tendo é muito importante, não só para a olimpíada, mas também, no final, para a prova do Enem que é o que a gente tanto espera no final do ano”, disse.
Já segundo o aluno Nícolas Gustavo da Costa, componente de uma das equipes classificadas para a final da olimpíada, participar da ONHB é muito importante para o seu crescimento como cidadão.
“Além de ter um conhecimento técnico em história, nós aprendemos, a partir de discussões de questões sociais, a sermos seres humanos melhores. Diversos assuntos da olimpíada trataram sobre mulheres, questões LGBT, da população carcerária e, assim, nós conseguimos estender nossa capacidade de cidadania e nos desenvolvermos bastante com os conhecimentos adquiridos”, explicou.
ALUNOS FAZEM VAQUINHA VIRTUAL PARA AJUDAR NA VIAGEM
Em anos anteriores a participação das equipes com melhores classificações era custeada pelo instituto federal, contudo, este ano, devido ao bloqueio de verbas das Universidade e Institutos Federais, realizado pelo Governo Federal, os alunos estão buscando meio alternativos para conseguirem ir à São Paulo.
“Eu e minha equipe fomos classificados no ano passado como a melhor equipe de escola pública do Nordeste e fomos custeados pela Unicamp. Contudo, este ano nós não vamos receber o custeio devido ao bloqueio de verbas que está acontecendo no governo. Nossa expectativa é grande para conseguir patrocínio. Estamos correndo atrás de dinheiro para podermos viver aquela experiência novamente”, explicou a estudante Mariana Medeiros.
Em busca de verba para a viagem, os alunos estão realizando uma vaquinha virtual. Quem tiver interesse em ajudar pode acessar a vaquinha pelo link AQUI.
A ONHB
A Olimpíada Nacional em História do Brasil é um projeto de extensão da Universidade Estadual de Campinas, desenvolvido pelo Departamento de História por meio da participação de docentes, alunos de pós-graduação e de graduação.
A olimpíada tem o apoio do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Telecomunicações (MCTIC), por meio do edital de Olimpíadas Científicas do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
Ela é coordenada pelas professoras doutoras Cristina Meneguello, Alessandra Pedro e Raquel Gryszczenko Alves Gomes.
Em suas dez edições a ONHB firmou-se como uma empolgante competição para equipes de oitavo e nono anos do ensino fundamental e do ensino médio de todo o Brasil, trazendo uma proposta inovadora de estudar a história do Brasil, abordando temas fundamentais a partir de documentos históricos, imagens, mapas, textos acadêmicos, pesquisas inéditas e debates historiográficos.