24 ABR 2024 | ATUALIZADO 00:04
POLÍTICA
02/07/2019 18:06
Atualizado
02/07/2019 18:19

Moro diz que é normal troca de mensagens entre juízes e membros do MP

O Ministro da Justiça está sendo ouvido na Câmara dos Deputados, neste momento. Os deputados querem esclarecimentos sobre supostas conversas mantidas por meio de um aplicativo de troca de mensagens por celular obtidas por uma fonte anônima e entregues ao site The Intercept Brasil.

O ministro da Justiça, Sérgio Moro, voltou a falar que não foi parcial e nem infringiu nenhuma lei em sua atuação como juiz na primeira instância na Lava-Jato.

Ele fala neste momento em audiência conjunta de três comissões da Câmara dos Deputados: de Constituição e Justiça e de Cidadania; de Trabalho, Administração e Serviço Público; de Direitos Humanos e Minorias. Moro prestou esclarecimentos no Senado em 19 de junho.

“Como juiz na Operação Lava Jato sempre agi com correção, com base na lei, com base na imparcialidade, decidindo os pedidos apresentados, sem qualquer desvio. As minhas decisões já foram avaliadas nas instâncias superiores”, disse Moro. Segundo o ministro, a maioria (39%) de suas decisões foram mantidas pelo Tribunal Regional Federal da 4ª região (TRF-4) ou mesmo aumentadas (25%).

Os deputados querem esclarecimentos sobre o conteúdo revelado pelo site de notícias The Intercept Brasil, que trouxe mensagens supostamente trocadas entre Moro, então juiz federal, e o coordenador da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, o procurador Deltan Dallagnol. Além de mensagens entre outros procuradores membros da força-tarefa.

Moro afirmou que não dirige nenhuma investigação da Polícia Federal sobre eventual ataque hacker aos celulares dele e de procuradores da Lava Jato, mas que apenas acompanha o caso como vítima.

“A minha opinião é que alguém com muitos recursos está por trás das invasões. O que existe é uma tentativa criminosa de invalidar condenações e evitar novas investigações”, afirmou.

Segundo o ministro, não é possível recordar-se das mensagens divulgadas porque ele deletou o aplicativo em 2017. “Não reconheço, mais uma vez, a autenticidade de um material que não tenho. O que se tem presente é que não tem nada ali de conteúdo ilícito”, disse Moro.


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