28 MAR 2024 | ATUALIZADO 18:35
EDUCAÇÃO
12/07/2019 16:46
Atualizado
12/07/2019 16:53

Estudantes de Pau dos Ferros ganham prêmio com projeto científico de sustentabilidade

Projeto Saburâmica prevê a utilização de resíduos de mármore de forma sustentável para fabricação de uma cerâmica orgânica. Com ele as alunas Naiara Aquino e Estela Gonçalves, da Escola Estadual em Tempo Integral José Fernandes de Melo, garantiram uma credencial para participar da Feira Mineira de Iniciação Científica (Femic), que acontece em agosto.
Previsto para ser concluído em novembro deste ano, o projeto vem tornando-se um diferencial não somente na rotina das alunas, mas também no ambiente escolar.
FOTO: CEDIDA

Um projeto desenvolvido na Escola Estadual em Tempo Integral José Fernandes de Melo (EEJFM), localizada no município de Pau dos Ferros (RN), ganhou destaque por sua inovação e proposta de sustentabilidade.

Intitulado “Saburâmica: uma opção ecológica”, o projeto prevê a utilização de resíduos de mármore de forma sustentável para fabricação de uma cerâmica orgânica, e recebeu notoriedade na edição 2019 da Exposição de Ciência, Engenharia, Tecnologia e Inovação (Expoceti).

Desenvolvido pelas alunas Naiara Aquino e Estela Gonçalves, estudantes da 2ª e 3ª séries do ensino médio, o trabalho foi apresentado na categoria “Meio Ambiente”, durante a Expocite, que aconteceu entre os dias 24 e 28 de junho, em São Lourenço, Pernambuco (PE).

Concorrendo com aproximadamente 80 outros projetos, oriundos de 18 estados no país, o trabalho ganhou como premiação credenciais para participar da Feira Mineira de Iniciação Científica (Femic), que acontece em Minas Gerais, no mês de agosto.

Além disso, o desenvolvimento e apresentação do trabalho conferiu às alunas o mérito de receber credencial para participar da Feira Brasileira para Indústria Têxtil (Febratex), maior evento da indústria têxtil das Américas, que acontece em agosto de 2020, em Brasília (DF).

Para a orientadora do projeto, a professora Jaciclelma Oliveira, as premiações e destaque nacional atribuídos ao projeto são um estímulo para as alunas permanecerem no âmbito científico e despertarem o interesse pela academia.

“Eu considero este um projeto bastante grandioso e enriquecedor para as alunas. A partir do seu desenvolvimento percebi o quanto elas se envolveram e se tornaram verdadeiras pesquisadoras. A cada feira que a gente participa e elas são premiadas é um incentivo a mais, e isso é fundamental, porque hoje elas dizem que vão entrar na universidade e trabalhar com projetos científicos”, avalia a professora.

PROJETO SABUR MICA

Iniciado em março do ano passado, o projeto da Saburâmica surgiu a partir de uma aula de campo realizada em uma marmoraria da cidade de Pau dos Ferros. Na ocasião, Naiara e Estela observaram o descarte inadequado dos resíduos do mármore produzido, que eram jogados no rio Apodi.

A partir dessa observação, as alunas pensaram em solucionar o problema e começaram a trabalhar na produção de um mármore que proporcionasse um descarte sustentável.

O resultado desse trabalho foi a chama “Saburâmica”, uma cerâmica produzida a partir dos rejeitos do mármore e da resina de seriguela.

Sob a orientação da professora Jaciclelma Oliveira, que na época ministrava as disciplinas de Biologia e já trabalhava com projetos de iniciação científica, as alunas desenvolveram o trabalho e começaram a ganhar destaque a âmbito regional no campo de pesquisa no meio ambiente e sustentabilidade.

“Em nossa escola de tempo integral existe uma disciplina de parte diversificada que é chamada de eletiva, e foi através desta, e trabalhando com a metodologia em iniciação científica que nós desenvolvemos esse projeto”, comenta Jaciclelma.

Previsto para ser concluído em novembro deste ano, o projeto vem tornando-se um diferencial não somente na rotina das alunas, mas também no ambiente escolar.

“Do ponto de vista da escola, isso é envolvente, pois, eu percebo que hoje o nosso alunado está bastante estimulado e a gente sente empolgação e euforia em participar de projetos de iniciação científica”, aponta a orientadora.

Passada a fase de desenvolvimento do projeto, a intenção da equipe é passar a produzir a cerâmica sustentável.

Para isso, as alunas, juntamente com a orientadora, estão buscando realizar parcerias com a Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa), que possui polo em Pau dos Ferros, afim de começar teste para produção efetiva da cerâmica.


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