29 MAR 2024 | ATUALIZADO 18:35
MOSSORÓ
CEZAR ALVES, DA REDAÇÃO
13/07/2019 10:45
Atualizado
13/07/2019 12:12

Médico usa lanterninha de celular por falta de Otoscópio na UPA em Mossoró

Vítimas dos descasos relatam falta do básico nas unidades básicas de saúde e Upas em Mossoró. Médico confirma e acrescenta que faltou Voltaren, Decadon, Benzetacil e até máscara de nebulização
Unidades de pronto atendimento de Mossoró não tem otoscópio para os médicos trabalharem
FOTO: Cezar Alves

O cofre que custeia os serviços públicos em Mossoró/RN é um só. A gestão municipal alega crise financeira para custear serviços de saúde e destina R$ 5 milhões para os 30 dias de festejos do Mossoró Cidade Junina (MCJ). Muitos dos contratos foram pagos antecipados. 

As escolhas de como usar os recursos públicos gera situação adversas. Enquanto muitos comemoram a grande festa que foi o MCJ 2019, outros lamentam o sofrimento que tiveram nas unidades de saúde do município por falta de medicamentos e equipamentos.

O médico Jesrryel Silva narrou que enquanto a poeira levantava no Corredor Cultural “estava faltando Voltaren, Benzetacil, Decadron, Hidrocortisona e até máscara para fazer nebulização nas UPAS. O mais carente acaba sofrendo muito com isto”, relata o profissional.


E o descaso com saúde pública não foi só relação a falta de medicamentos. Os médicos também não tinham equipamentos para fazer procedimentos simples no Pam do Bom Jardim, nas UBS e UPAs, tendo que enviar o paciente para o Hospital Regional Tarcísio Maia.

No PAM do Bom Jardim, por exemplo, o serviço de ortopedia ficou prejudicado porque o raio x e a serra de cortar gesso quebraram. Os pacientes tinham que tirar do próprio bolso para fazer o raio x em clínicas partilhares e pedir favor para botar e tirar gesso no HRTM.

E não são problemas estruturais somente no período de junho. Meses antes já existiam.

A dona de casa Andreia Souza disse que foi nas três UPAs de Mossoró com a filha sentido muita dor no ouvido “e tive que ir em Governador Dix Sept Rosado para consulta-la por falta deste aparelho (otoscópio), o pior é que o médio passa remédio sem se quer olhar no ouvido, ela estava com infecção e teve que tomar antibióticos”, conta Andreia Souza.

Já Claudia Lima faz um relato ainda mais assustador.


E os problemas continuam. Otoscópio, que custa de R$ 70 a R$ 400,00, variando conforme a marca e tipo, ainda não foram comprados para os médicos trabalharem.

Na madrugada deste sábado, Adriene Mendonça foi a UPA dos Santo Antônio com a filha com sangramento no ouvido e não teve atendimento. Foi enviada para o HRTM.

Confira.


Nas redes sociais, havia um verdadeiro exército de perfis (muitos falsos) atacando quem denunciasse (O portal Mossoró Hoje foi vítima) estes fatos escandalosos, usando o argumento falso de que os recursos da cultural não poderiam ser usados na saúde, quando na verdade o caixa para estes e outros serviços são um só. A gestora escolhe o que vai dizer que não tem recursos e gasta no que entende que seja o adequado.


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