A esclerose múltipla é uma doença inflamatória, neurológica e crônica, que atinge principalmente mulheres entre 20 e 40 anos. Pesquisadores ainda buscam provar as causas que levam o indivíduo a desenvolver a enfermidade.
Estudos já comprovam que o paciente nasce com uma predisposição genética e que alguns fatores ambientais, como por exemplo, a exposição solar, o tabagismo e alguns tipos de vírus, funcionam como um “gatilho” no desencadeamento da doença.
A neurologista do Hapvida, Drª Cintia Melo ressalta alguns sintomas iniciais. “Fraqueza das pernas, dormências, disfunção sexual, incontinência urinária, vista embaçada ou visão dupla, desequilíbrio, tonturas, falta de coordenação motora, transtorno no humor, como depressão e ansiedade, são muito comuns”.
Confundido muitas vezes com preguiça, o que dificulta o diagnóstico, a fadiga é um dos sintomas mais frequentes da doença.
De acordo com a neurologista Drª Cintia, a principal função do sistema imunológico é agredir estruturas estranhas no organismo, mas por algum defeito, ele começa a criar uma resposta imunológica contra essas estruturas normais do sistema nervoso central, e isso produz um processo inflamatório que dá origem a esclerose múltipla.
Com o diagnóstico em mãos é hora de escolher o tratamento adequado que varia de acordo com cada pessoa. Hoje com o avanço da medicina é possível conviver com a esclerose múltipla mantendo uma vida praticamente normal.
A esclerose múltipla é classificada em três tipos principais: Esclerose múltipla remitente recorrente (EMRR) - Característica principal é a ocorrência dos surtos, uma manifestação neurológica típica da doença que dure mais que 24 horas.
Esclerose múltipla primária progressiva (EMPP) - O paciente não apresenta surtos, mas desenvolve sintomas e até sequelas progressivamente por conta da doença; Esclerose múltipla secundária progressiva (EMSP) - Essa forma é definida quando o paciente apresenta no início surtos e remissões e, após algum tempo, a doença se torna progressiva e o paciente piora de forma lenta sem obrigatoriamente ter surtos.