28 MAR 2024 | ATUALIZADO 18:35
POLÍCIA
Da redação
05/09/2015 15:05
Atualizado
12/12/2018 15:20

Segundo delator, caciques do PMDB dividiram propina de Angra 3

No primeiro depoimento que prestou como delator, Ricardo Pessoa afirmou que Edison Lobão e os senadores Renan Calheiros e Romero Jucá dividiram R$ 4 milhões.
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O empresário Ricardo Pessoa, dono da construtora UTC e apontado como chefe do cartel de empreiteiras na Operação Lava Jato, disse em depoimento que três caciques do PMDB receberam dinheiro desviado de contratos para a retomada da construção da Usina nuclear de Angra 3.

No primeiro depoimento que prestou à Justiça Federal depois de homologar o acordo de delação premiada com o Supremo Tribunal Federal (STF), Pessoa afirmou que o então ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, o presidente do Senado, Renan Calheiros, e o senador Romero Jucá dividiram uma propina de R$ 4 milhões.

O Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, pedirá ao Superior Tribunal Federal (STF) autorização para investigar Renan e Jucá no caso envolvendo Angra 3. Lobão já está sendo investigado por conta do suposto pagamento de propinas.

Segundo o novo delator, Renan Calheiros teria pedido uma contribuição de R$ 1,5 milhão para a campanha de seu filho, Renan Filho, ao governo de Alagoas.

Quanto a Lobão, Pessoa afirmou que o interesse era obter das empresas ganhadoras dos contratos com Angra 3, contribuições para a campanha do PMDB. O valor acertado com o ministro foi de R$ 30 milhões, com adiantamento de R$ 1 milhão, pagos em espécie.

Contra Jucá, Pessoa afirma que o senador também pediu o valor de R$ 1,5 milhão para a campanha do filho a vice-governador de Roraima.

Os três denunciados negam qualquer envolvimento nos desvios e recebimento de valores irregulares em contratos com a estatal. Segundo eles, todas as doações recebidas nas respectivas campanhas foram obtidas dentro do que permite a lei.

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