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MUNDO
09/03/2020 15:18
Atualizado
09/03/2020 15:20

Londres terá câmeras de reconhecimento facial instaladas nas ruas da cidade

A polícia de Londres anunciou recentemente que vai usar o sistema de reconhecimento facial para identificar criminosos nas ruas da cidade. A resolução foi divulgada num momento em existe um debate global sobre o uso desse tipo de tecnologia para monitorar os cidadãos.
FOTO: REPRODUÇÃO/PIXABAY

A polícia de Londres anunciou recentemente que vai usar o sistema de reconhecimento facial para identificar criminosos nas ruas da cidade. A resolução foi divulgada num momento em existe um debate global sobre o uso desse tipo de tecnologia para monitorar os cidadãos.

O supervisor do sistema, Nick Ephgrave, informou que as câmeras vão ser integradas ao sistema de policiamento de áreas específicas da capital inglesa, apontadas por pesquisas como zonas mais perigosas, e onde existe uma maior probabilidade de localizar suspeitos. Para isso serão utilizadas listas de procurados com fotos para identificação facial.

Segundo Ephgrave, o objetivo desta ferramenta “não é a substituição do tradicional policiamento. O sistema vai emitir alertas informando as autoridades da possibilidade de alguém ser procurado pela polícia e, até mesmo, localizar crianças desaparecidas ou adultos vulneráveis. Desta forma, a decisão de intervir será sempre humana”.

A polícia de Londres garante que o sistema de reconhecimento facial foi testado e já está sendo utilizado com sucesso pelo setor privado. Deixa claro ainda que o seu uso será feito de forma totalmente transparente.

A localização das câmeras será sinalizada, bem como os moradores das ruas onde o sistema será instaldo serão notificados. Os televisores funcionarão em circuito fechado e todas as imagens que não motivem um alerta de potencial suspeito serão, segundo a polícia, “imediatamente apagadas”. É nesse ponto que surgem as divergências.

“A tecnologia de reconhecimento facial dá ao Estado um poder sem precedentes para rastrear e monitorizar qualquer um de nós, destruindo a nossa privacidade e a nossa liberdade de expressão”, declarou a diretora de defesa do National Council for Civil Liberties, Clare Collier.

A Comissão Europeia está estudando a criação de regras para regulamentar o reconhecimento facial em áreas públicas e uma legislação capaz de evitar abusos do sistema, que pode violar o direito à privacidade dos indivíduos. A proposta é que a implantação em solo europeu seja adiada, por três a cinco anos, para que “uma metodologia sólida para avaliar os impactos dessa tecnologia e possíveis medidas de gerenciamento de riscos”.

Nos Estados Unidos, o Governo estabeleceu diretrizes sobre o sistema de inteligência artificial para que houvesse um limite do alcance das autoridades. Algumas cidades norte-americanas como São Francisco e Oakland, na Califórnia, decidiram que os riscos desta tecnologia superam os benefícios e proibiram o seu uso pelos departamentos de polícia da cidade, conforme aponta a CNN Business.

Já a China é um dos principais utilizadores e defensores desta moderna ferramenta de segurança. O Governo chinês começou a implantar o reconhecimento facial em farmácias para monitorar pessoas que compram um determinado tipo de medicamentos, como aqueles que incluem substâncias psicotrópicas. Os cidadãos têm a sua identidade verificada através do rosto.


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